Uma segunda onda da pandemia da Covid-19 já começa a assustar investidores em todo o mundo. Afinal, se a doença voltar a atingir fortemente países que, até agora, parecem ter administrado o problema, novas mortes acontecerão e, possivelmente, novas quarentenas – impactando diretamente as economias locais (e, claro, a global como um todo).
Não por acaso, bolsas em todo o mundo começam a sofrer com alta volatilidade assim que saem números negativos em algumas regiões chave – atualmente, o crescimento da doença no estado da Flórida é uma das maiores preocupações.
No Brasil, apesar de nem termos saído da primeira onda, o temor é o mesmo. Por isso, segundo Carlos Nunes, especialista em ações, o investidor precisa se proteger.
“A primeira forma para se proteger é a diversificação. Investimentos em dólar, por exemplo, tem uma correlação inversa com a bolsa de valores, então compensar perdas”, disse Nunes no novo episódio do podcast “O que eu faço?”.
Alguns setores, no entanto, devem ser evitados para aqueles que têm maior aversão ao risco. O turismo, por exemplo, está sendo diretamente afetado pela pandemia, então ações de empresas ligadas à área, como companhias aéreas e agências de turismo podem (e devem) ter maior volatilidade.
Além disso, há outros eventos que o investidor precisa ficar de olho. Em novembro, por exemplo, há a eleição americana, que pode trazer mudanças profundas nos Estados Unidos, a depender do resultado.
Por outro lado, se uma vacina for encontrada e a economia dos países se estabilizar, os estímulos econômicos de bancos centrais em todo o mundo podem acabar – o que também pode afetar as bolsas negativamente. Afinal, muito do crescimento dos mercados ao redor do planeta foi inflado por esse dinheiro público, que pode ter um fim.