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Nova versão d’A Noviça Rebelde sobe aos palcos

Foto/Divulgação

A famosa e verdadeira história da religiosa que conquistou o coração de um capitão viúvo, pai de sete filhos, ganha uma nova e sofisticada versão em um palco paulistano. Um dos mais queridos musicais de todos os tempos, A Noviça Rebelde estreia no Teatro Renault, no dia 28, com o requinte que conquista a Broadway desde sua primeira versão, de 1959.

Imortalizada no cinema pelo filme estrelado por Julie Andrews, a história é novamente contada pelos diretores Cláudio Botelho e Charles Möeller, agora com produção do Atelier de Cultura em parceria com a M&B. “Nossa primeira montagem da Noviça aconteceu em 2008 e, nesses dez anos, aprimoramos nossa forma de fazer musicais”, conta Botelho. “O que continuam intactas, porém, são a música de Richard Rodgers e letra de Oscar Hammerstein II, perfeitas ao ajudar a dramaturgia.”

De fato, canções como The Sound of Music, Do-Re-Mi, My Favorite Things e So Long, Farewell não travam a condução da trama – ao contrário, mostram como os personagens se modificam. “Eles iniciam a música com um estado de espírito e terminam com outro, que altera o curso da história”, continua Botelho, autor da versão nacional. Basta observar O Que É Que a Gente Faz?, em que a baronesa Elsa Schraeder (Alessandra Verney) não esconde o seu egoísmo, o que convence o Capitão Von Trapp (Gabriel Braga Nunes) a desistir de se casar com ela.

A saga dos Von Trapp começou na Áustria, em 1920, quando a noviça Maria (Malu Rodrigues) foi trabalhar como governanta de sete crianças na casa do viúvo barão George Von Trapp. Ambos se apaixonaram, casaram-se e tiveram mais três filhos. Em 1938, quando Hitler anexou a Áustria, a família resolveu fugir para a América e viver da música. “O mais interessante é observar como a história está ainda mais atual e que os valores passados pela Noviça, como lealdade, verdade e bondade, são mais necessários do que nunca. Maria Von Trapp é uma das mulheres mais empoderadas de seu tempo. Ela consegue, sempre com amor e música, amolecer corações e enfrentar inimigos tão desumanos embrutecidos pelo nazismo ascendente da época”, observa Charles Möeller.

Se, na essência, o musical continua o mesmo, a nova produção ganhou contornos especiais. Para a cenografia, foi convidado o inglês David Harris, um dos responsáveis por projetos cênicos de espetáculos como Les Misérables. “Ele domina os elementos da Broadway e prepara um cenário repaginado, com efeitos de luz”, explica Cleto Baccic, ator que também preside o Atelier de Cultura. Já os figurinos serão do também inglês Simon Wells. “O objetivo é montar uma superprodução.”

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