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Nova York vai manter polêmica estátua de Cristóvão Colombo

Foto: Jewel Samad

Nova York decide manter polêmica estátua de Cristóvão Colombo

A cidade de Nova York informou nesta sexta-feira (12) que irá manter a polêmica estátua de Cristóvão Colombo na entrada do Central Park, mas encomendará um novo monumento que homenageia os povos indígenas.

Uma comissão designada pelo prefeito de Nova York, Bill de Blasio, para estudar monumentos polêmicos como o do “descobridor” da América aconselhou que no entorno da estátua, situada na Columbus Circle, sejam acrescentadas informações explicando a história.

O monumento, erigido em 1892 pelo 400º aniversário do “descobrimento” da América, consiste em uma coluna de 23 metros sobre a qual fica uma estátua do navegador genovês financiado pela Coroa espanhola, cada vez mais culpado pelo genocídio dos índios americanos.

O novo monumento aos povos indígenas será instalado em um lugar ainda a determinar.

Muitas cidades americanas, embora não Nova York, substituíram os tradicionais festejos do “Dia de Colombo” por uma homenagem aos índios da América.

De Blasio decidiu criar esta comissão para analisar “sinais de ódio” em agosto, após um protesto contra os neonazistas em Charlottesville que terminou em atos de violência, incluindo a morte de uma jovem manifestante.

A comissão também decidiu manter uma placa em homenagem ao marechal Henri Philippe Pétain, chefe de Estado da França de Vichy ocupada pela Alemanha nazista de 1940 a 1944.

A homenagem a Pétain, o “vencedor de Verdun” na Primeira Guerra Mundial, foi colocada em 1931 no “cânion dos heróis”, uma seção da Broadway, ao sul de Manhattan, com placas nas calçadas que honram 100 personalidades americanas e estrangeiras.

De Blasio disse em agosto que a placa de Pétain devia ser “uma das primeiras a sair”.

Mas a comissão considerou que, ao invés de retirá-las, o melhor seria agregar informação e contexto histórico sobre os personagens.

“Refletir sobre nossa história coletiva é uma tarefa complicada, sem solução fácil”, disse de Blasio.

“Nossa aproximação será acrescentar detalhes e nuances, no lugar de remover totalmente as representações dessas histórias (…) para nos assegurarmos que nossos espaços públicos reflitam a diversidade e valores de nossa grande cidade”, concluiu.

 

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