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Novacap tenta corrigir trabalho mal feito pago pelo governo

Foto: André Borges/Agência Brasília

Depois de um dia inteiro sem chuva no Sol Nascente, em Ceilândia, e com o solo quase seco neste domingo (5), máquinas da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) reforçam a retirada da lama deixada nas ruas pelas fortes chuvas de quarta (1º) e quinta-feira (2).

Dez caminhões — com capacidade para 15 toneladas cada um —, duas pás-mecânicas e uma patrola trabalham nas Chácaras 122, 125 e 131 do setor habitacional, os pontos mais prejudicados pelo temporal. Na sexta (3), equipamentos do consórcio responsável pelas obras na região já haviam iniciado a remoção da terra molhada pelo temporal.

Servidores da Novacap também fazem desobstrução de bocas de lobo e da rede de águas pluviais.

De acordo com a Secretaria das Cidades, a lama removida é levada para o lixão da Estrutural. O secretário Marcos Dantas lembrou que a região é um berçário de águas, e a condição geológica influencia na velocidade das ações. Ele, o diretor-presidente da companhia, Júlio Menegotto, e a secretária de Projetos Estratégicos, Maria de Lourdes Abadia, acompanham o serviço.

Titular da pasta criada em outubro para fortalecer a área social do governo, Abadia garantiu apoio na interlocução entre os órgãos envolvidos na recuperação dos estragos e no acompanhamento das obras. Além da urbanização do Sol Nascente, estão sob responsabilidade da nova secretaria projetos do Executivo local como o Setor Habitacional Buritizinho, em Sobradinho II; a desobstrução da orla do Lago Paranoá; e a desativação do lixão da Estrutural.

Mais cedo, o comitê de crise reuniu-se para decidir medidas emergenciais a serem tomadas além das que já haviam sido determinadas na sexta-feira (3). O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) foi acionado para sinalizar a via atrás da Feira do Produtor, onde os carros conseguem passar mas há muitos buracos.

Nos dois dias de chuva, a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos atendeu 14 famílias que tiveram as casas danificadas.

Para sete delas, foi solicitado o benefício vulnerabilidade (até seis parcelas de R$ 400 por mês) e o excepcional — o aluguel social, de até 12 parcelas de R$ 600 mensais.

Uma casa foi demolida para dar mais segurança aos moradores ao redor. A Defesa Civil montou uma tenda para prestar os primeiros apoios às famílias. Essas pessoas estão em casas de parentes.

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