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Novo coronavírus dobrará o desemprego

Estudos de economistas de dois institutos – o Ibre, da Fundação Getúlio Vargas, e o Locomotiva – traçam cenários negros para o mercado de trabalho no período pós-pandemia. Na melhor das hipóteses, serão mais 6 milhões 500 mil desempregados; no cenário mais negativo, esse número pode dobrar. E o Brasil fechará o ano com 25% da população economicamente ativa sem ocupação, contra o atual índice de 11,2%.

Serão dias negros, avaliam os estudiosos, com mais da metade da população sentindo as consequências de uma perda significativa na renda. As dificuldades começam a ser sentidas, com um grade número de pessoas contingenciando os próprios gastos.

O impacto da crise será praticamente o mesmo entre homens e mulheres. Por faixa etária, contudo, afeta mais o bolso dos trabalhadores com 50 anos ou mais (52%), com ensino superior completo (48%) e que residem nos Estados do Sudeste (38%). A região concentra São Paulo e Rio de Janeiro, as duas capitais com o maior número de infecções, segundo dados do Ministério da Saúde.

Renato Meirelles, presidente do Locomotiva, afirma que a proporção de brasileiros afetada, que já é alta, deve crescer nas próximas semanas. E o brasileiro, enfatiza, espera que isso aconteça. “Levantamos que dois em cada três profissionais acreditam que seus empregos serão muito prejudicados no Brasil, apesar de 73% das pessoas defenderem o isolamento social como forma de frear o avanço da doença”, diz.

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