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Fóssil intacto

Novo estudo confirma que asteroide dizimou vida na Terra

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição - Foto Divulgação

Uma reportagem da BBC News, baseada em um futuro programa televisivo da emissora britânica, detalha que cientistas encontraram ligações diretas entre o gigante asteroide de 12 quilômetros que causou a extinção dos dinossauros, e fósseis escavados no sítio arqueológico nos Estados Unidos.

O fóssil mais impressionante é a perna muito bem preservada de um tescelossauro. O fóssil, completo com todos os ossos e até pele, pode ser, segundo os cientistas, de uma das vítimas do asteroide que causou a última extinção em massa no planeta Terra, 66 milhões de anos atrás.

“Temos tantos detalhes neste sítio que nos dizem o que aconteceu momento a momento, é quase como ver isso acontecendo em um filme. Você olha para a coluna de rocha, olha para os fósseis lá, e isso traz você de volta até aquele dia”, diz Robert DePalma, estudante de pós-graduação da Universidade de Manchester, Reino Unido, líder das escavações em Tanis.

O grupo de cientistas responsáveis pelos trabalhos em Tanis acredita que os fósseis de animais encontrados nesta região tenham de fato morrido em decorrência do impacto do meteoro. Os especialistas justificaram a teoria citando fragmentos derretidos, do que seria o asteroide, encontrados em diferentes fósseis, inclusive nas guelras de peixes.

“Esses peixes com esférulas em suas guelras são um cartão de visitas absoluto do asteroide. Mas para algumas das outras alegações – eu diria que eles têm muitas evidências circunstanciais que ainda não foram apresentadas ao júri. […] Para algumas dessas descobertas, porém, importa se eles morreram no dia ou anos antes?”, opinou Steve Brusatte, professor da Universidade de Edimburgo, na Escócia, e um dos consultores da escavação.

Outra descoberta única é o fóssil de um pterossauro ainda dentro de um ovo. “O ovo de pterossauro com um bebê dentro é muito raro, não existe nada parecido na América do Norte. Nem tudo precisa ser sobre o asteroide”, comentou Brusatte. Os pesquisadores vão realizar análises em raio X para conseguir criar uma versão digital do pequeno dinossauro.

A teoria mais aceita entre os especialistas é de que o gigante asteroide de 12 quilômetros de largura tenha se chocado com a Terra há 66 milhões de anos, na região do golfo do México, e tenha sido capaz de destruir diretamente o local onde hoje é o sítio de Tanis, que fica a cerca de 3.000 quilômetros de distância. Os pesquisadores explicam que a região é uma grande bagunça, com fósseis aquáticos e terrestres misturados, o que indica grande incidência de tsunamis e terremotos, consequência natural do impacto do asteroide.

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