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Novo modelo da Mercedes estreia no Brasil em 2019

Foto/Divulgação

Tião Oliveira

A Mercedes-Benz está apresentando na África do Sul a versão de produção da Classe X, sua primeira picape média. O modelo, que terá três versões, opções de quatro-cilindros (a gasolina e a diesel) E V6 turbodiesel, estreia no Brasil no início de 2019.

A versão Pure, que não será vendida no Brasil, terá o quatro-cilindros, a gasolina (x200), que gera 166 cv de potência e 24 mkgf de torque, além do X220d, um 2.3 turbodiesel de 163 cv e 40 mkgf, respectivamente. Para a Progressive, o X250d – o mesmo 2.3, mas biturbo -, serão 190 cv e 45 mkgf. A Power, de topo, terá o X350d, um V6 biturbo a diesel de 260 cv e 55 mkgf.

Haverá apenas carroceria com cabine dupla e quatro portas. A tração será sempre 4×4 (permanente na V6 e acionada por um seletor giratório nas 2.3) e no mercado brasileiro o câmbio deverá ser sempre automático de sete marchas. Em outros mercados haverá opção de caixa manual de sete velocidades para o motor a gasolina e de seis para as opções a diesel quatro-cilindros.

Inicialmente, a nova picape será lançada na Europa em novembro deste ano, apenas com motores quatro de quatro cilindros. Depois desembarcará na África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Rússia, em abril de 2018. O lançamento na América Latina (assim como o Brasil, a Argentina é considerada como mercado prioritário) deverá ocorrer no primeiro trimestre de 2019.

A picape que será vendida na Europa, Rússia, África e Oceania, será feita na fábrica da Nissan na Espanha, de onde sai a Navara, vendida no Brasil com o nome de Frontier. A que abastecerá a América Latina será produzida na fábrica da Renault, na Argentina.

Isso porque a Classe X divide a plataforma com a Nissan Frontier e com a futura Renault Alaskan.

A versão definitiva do modelo manteve o visual bem parecido com o dos protótipos apresentados no ano passado. A dianteira lembra bastante a do utilitário-esportivo GLS. A traseira, por sua vez, tem linhas bastante conservadoras e remete à modelos dos anos 80.

Bem recheada de equipamentos, a primeira picape média da Mercedes terá itens como sete air bags, monitoramento de pressão dos pneus, faróis de LEDs, sistemas de frenagem de emergência, manutenção de faixa de rolamento e de partida em rampa, além de controle de velocidade de cruzeiro, que mantém a distância do veículo à frente.

Os freios são a disco nas quatro rodas e, além de ABS, haverá distribuição automática de frenagem e controles de tração e estabilidade.

Central multimídia, dispositivo de conectividade, leitores de placas de sinalização e câmeras de 360º (com alcance de 3 metros na dianteira e 2,5 m nas laterais) são outros destaques, além da possibilidade de destravar as portas e acionar serviços de socorro e assistência por meio de um aplicativo para smartphone.

O painel é completo, com instrumentos de fácil visualização e alguns elementos do sedã Classe C. O acabamento é caprichado e pode incluir revestimento de couro, além de mistura de materiais, como alumínio fosco e madeira.

Inicialmente serão nove opções de cores para a carroceria. A amarela, de um dos protótipos do modelo, não estava prevista para o catálogo de série, mas teve aceitação tão positiva por parte da imprensa especializada que fará parte do portfólio do modelo.

A Mercedes também aposta na oferta de uma ampla lista de equipamentos, que serão vendidos pela rede de concessionárias. Haverá quebra-mato para a dianteira, estribos laterais, rack de teto e cobertura para a caçamba, entre outros. Nas unidades da pré-série havia opções rígidas – na altura da caçamba e também do teto da cabine – e flexível, que lembra uma persiana.

A caçamba tem 1,59 metro de comprimento por 1,5 metro de largura, com quatro anéis para amarração de carga e, opcionalmente, trilhos no piso para fixar os objetos transportados. A capacidade de carga é de 1,1 tonelada e de reboque, de 3,5 toneladas.

A suspensão traseira, com multibraços de fixação, mantém a picape firme mesmo em curvas contornadas a mais de 100 km/h, como foi possível constatar em uma pista na qual a Classe X foi guiada por um piloto da Mercedes. O chassi do tipo escada, como o do Classe G, também contribui para a rigidez da picape. A direção tem assistência hidráulica, que, segundo informações da marca, é um sistema mais robusto que o elétrico.

O tanque de combustível tem 73 litros de capacidade e o bocal de abastecimento fica do lado esquerdo da caçamba. Há um bocal do lado direito para o tanque de ureia, que no Brasil é vendido com o nome comercial de Arla e necessário para que a picape atenda às regras do programa Euro 6, de controle de emissões na Europa.

Por ora, a Mercedes não tem planos de vender o modelo nos EUA. O motivo é seu tamanho, considerado pequeno para os padrões do consumidor norte- americano.

Os preços não foram divulgados, mas no Brasil a Classe X deverá partir de cerca de R$ 200 mil. A versão de topo terá tabela inicial em torno de R$ 300 mil.

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