Cibele Moreira
O desemprego no Distrito Federal apresentou queda pelo quinto mês consecutivo. Em agosto, houve redução de 0,8 ponto porcentual — de 19,5% para 18,7% — em relação a julho. Os números representam 14 mil desempregados a menos de um mês para o outro.
As informações constam da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira (27) pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). Os dados foram apresentados na sede da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, no Setor Comercial Sul.
O levantamento é feito pela pasta, a Codeplan e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados de São Paulo (Seade-SP).
A PED de agosto indica aumento de 4 mil pessoas empregadas em relação a julho, com 1.328 postos ocupados no último mês. Segundo os setores de atividade econômica analisados, cresceram o comércio (2,6%) e a construção civil (3,5%).
Nos serviços (-0,3%) e na indústria de transformação (-2,0%), constataram-se relativa estabilidade, e a administração pública, por sua vez, aumentou 3,3%.
Programas do governo ajudaram a diminuir o desemprego
Ainda de acordo com o balanço, a quantidade de carteiras assinadas subiu 2,2%, e a de autônomos teve redução de 3,5%.
Segundo o secretário adjunto do Trabalho, Thiago Jarjour, a pasta desenvolveu ações no sentido de diminuir o desemprego, que é uma das prioridades do governo.
Entre as elas, ele citou o Qualifica mais Brasília e o Propera, além da maior aproximação do Estado com os empregadores, o que resultou em novos processos seletivos nas agências do trabalhador.
O presidente da Codeplan Lucio Rennó, que acompanhou a apresentação, ressaltou crescimento dos inativos — jovens que deixam de procurar emprego porque a renda familiar permite que eles voltem a estudar. “A renda dos mais pobres ou estabilizou ou cresceu.”
A coordenadora da PED pelo Dieese, Adalgiza Amaral, destacou o aumento da formalização do trabalhador. “De julho para agosto foram mais 12 mil postos com carteira assinada. A gente não via um crescimento assim desde o início do ano”, completou.
Comportamento em 12 meses
De agosto de 2016 a agosto de 2017, a taxa de desemprego total aumentou, ao passar de 17,4% para 18,7%. No entanto, o nível de ocupação aumentou 4,1% — resultado de acréscimos no comércio (9,6%), nos serviços (1,9%) e na indústria de transformação (22,5%).
Em 12 meses, registrou-se estabilidade na construção civil (-1,7%), e a administração pública, por sua vez, decresceu (-9,7%).
Quanto à posição na ocupação, o contingente de assalariados elevou-se, com aumento de 5% no setor privado e com 0,7% no setor público.
Acesse a íntegra da Pesquisa de Emprego e Desemprego do DF – Agosto 2017.