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Número de idosos cresce e cai nascimento de bebês

A população do Distrito Federal está envelhecendo proporcionalmente mais do que o nascimento de bebês, segundo revela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad) mostram que houve um aumento na população acima de 30 anos e uma queda nas faixas etárias abaixo dessa idade.

O estudo avalia características gerais dos moradores de Brasília entre 2012 e 2021, e mostra que, nesse período, a população de 65 anos ou mais subiu de 5,6% para 7,5%. Houve aumento também em outras faixas etárias, conforme indicado:

Entre 60 e 64 anos: de 2,83% para 3,20%;
Entre 50 e 59 anos: de 9,6% para 11,8%;
Entre 40 e 49 anos: de 13,2% para 15,6%.

Por outro lado, houve queda na proporção de pessoas abaixo de 30 anos. Em 2012, essa estimativa era de 51%, passando para 46% em 2021. De acordo com a Pnad, a maior queda aconteceu na participação dos adolescentes entre 10 e 13 anos de idade — de 6,7% para 4,7%. Mas todos os outros grupos, abaixo de 30 anos, também apresentaram redução.

Para a pesquisadora Andrea Felipe Cabello, do Observatório de Políticas Públicas do DF (ObservaDF), vinculado à Universidade de Brasília (UnB), explica que o envelhecimento da população do DF é reflexo do envelhecimento da população brasileira como um todo, por causa da transição demográfica vivida no país.

“Nas últimas décadas, reduziu a taxa de fertilidade, então, o número de crianças, de filhos por mulher reduziu bastante. Melhorou a qualidade de vida das pessoas, as pessoas estão vivendo mais, a expectativa de vida aumentou bastante”, diz a especialista.
Andrea explica que a pirâmide etária ainda não estabilizou e que “o processo de envelhecimento está em progresso e que ainda vai se acentuar mais”. “Isso torna mais urgente a necessidade de ter acolhimento e infraestrutura urbana para a população de idosos”, completa.

Também pesquisadora do Observa-DF, a professora Ana Maria Nogales aponta que o Distrito Federal tem “influência da migração” e recebe muitos jovens acima dos 30 anos, que não têm filhos. “Isso faz com que a base da pirâmide, as idades mais jovens, venham perdendo a proporção e aumenta a proporção de pessoas com 60 anos ou mais”, diz a Ana Maria.

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