Vinte e um policiais militares já foram mortos este ano no Rio. A mais nova vítima é o soldado Rodrigo Sumar, 36 anos, baleado na cabeça, na noite desta quinta-feira, durante patrulhamento na Cidade de Deus, na Zona Oeste. Casado e pai de uma filha, o PM estava na companhia de outros militares quando se deparou com criminosos na região do Bar da Índia, na localidade das Quadras. Houve confronto e ele foi atingido, morrendo na madrugada deste sábado.
O soldado chegou a ser socorrido e encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade de Deus, onde, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que administra a unidade, chegou com um quadro extremamente grave, sofrendo duas paradas cardiorrespiratórias.
Após ser reanimado e estabilizado, Sumar foi transferido em uma ambulância de suporte avançado (UTI móvel) para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, onde chegou em estado gravíssimo, segundo a SMS, apresentando esfacelamento de crânio e perda de massa encefálica, sem possibilidade de cirurgia.
“Os médicos tentaram mantê-lo estabilizado, mas o paciente sofreu três paradas cardiorrespiratórias. Foi reanimado, porém não resistiu e faleceu à 0h20 desta sexta-feira”, afirmou a secretaria, em nota. Rodrigo Sumar estava na Polícia Militar desde junho de 2010. Ainda não há informações sobre o seu velório e enterro.
O comando da UPP informou que, após o episódio, o policiamento foi reforçado na Cidade de Deus e buscas estão sendo realizadas com o intuito de localizar os envolvidos na ação. A Polícia Militar disse que o ataque foi uma retaliação por causa da prisão de um traficante, na manhã de quinta-feira, na comunidade. Esta foi a sexta morte de um policial, em pouco mais de duas semanas, no estado.
Neste período, os crimes aconteceram em Nova Iguaçu, Belford Roxo, Santo Cristo, Muriqui e Engenho Novo. Destes, dois estavam de serviço e três de folga.