Notibras

O beijo eterno do vampiro continua molhado, como escreveu Trevisan

“O Vampiro morreu, hoje, em Curitiba. Mas o seu legado, não: infinito!”

Um dia, Dalton Trevisan escreveu:

“Toda família brasileira tem um vampiro.”

E ainda adolescente, entendi que a minha vida seria de batalhas eternas com as palavras, dormindo todas as noites em um caixão sepulcral.

Do mestre do conto inoculei direto nas veias o texto curto, as narrativas secas, cortantes.

As histórias ao avesso, os tipos soturnos, destrambelhados e alguma empáfia crepuscular.

O estranho e genial Trevisan.

Avesso à mídia, aos holofotes, sua luz vinha das trevas de quartos interiores.

Porém, poucos brilharam tanto e com profunda intensidade.

Nas noites escuras de Curitiba – e do universo -, em meio à névoa, a imagem soturna do Vampiro continuará vagando e iluminando toda a literatura.

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