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O Céu é o Limite; para Sérgio Porto, não era

José Escarlate

1950 – Eu era garoto, moleque de praia. Morava no Leme e estudava pela manhã, no São Bento.

Toda tarde, depois do colégio, circulava pelo posto 5, em Copa, para jogar ou assistir o futebol de praia, onde imperavam Heleno de Freitas, João Saldanha e, acreditem, o Sérgio Porto, que era o goleiro do Lá Vai Bola.

Sim, o próprio Stanislaw Ponte Preta, assim nomeado pelo escritor Rubem Braga, no tempo do Diário Carioca. Tudo, calcado em Serafim Ponte Grande, livro de Oswald de Andrade.

Pois bem. Independente de suas incursões nas letras, Staw, o Sérgio, ficou famoso em São Paulo, participando durante 16 semanas do programa “O Céu é o Limite”, na TV Tupi paulista. O tema era música brasileira, amplo, aberto e complicado, cheio de nuances.

Recebeu o “absolutamente certo!”, às perguntas do apresentador, Aurélio Campos. Sérgio Porto era uma enciclopédia musical ambulante. Conhecia tudo e faturou aquele que seria o maior prêmio pago pelo programa, até então: 300 mil cruzeiros.

Pouco tempo depois, “O Céu é o Limite” foi para a Tupi Rio, sendo apresentado por J. Silvestre, tomando dimensão nacional. Sérgio Porto trabalhava ouvindo música, sua musa inspiradora e era conhecido como “o boêmio que adorava ficar em casa”.

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