Entre as 11 cadeiras do Supremo Tribunal Federal, há algumas ocupadas por déspotas. Inclusive os que, após verem suas imagens refletidas no espelho, tentam se desvencilhar da sua projeção transmitida à opinião pública.
São os que, do alto de sua soberba, agem arbitrária e autoritariamente. Vestidos de tiranos, oprimem. E por extensão se acham os donos da verdade.
São homens fracos, que se acreditam Kal-El. Pensam cobrir-se de togas que transformam seus atos e corpos imunes a qualquer coisa. Inclusive a um cabo e a um soldado.
Dentre esses 11, estão Dias Toffoli e Alexandre de Moraes. Partiu deles a ideia de tramar contra uma figura respeitada da República, que desaguou na operação de busca e apreensão no apartamento do general Paulo Chagas, em Brasília, na segunda-feira, 15.
Nesta sexta, 19 – Dia do Exército -, já com liberdade para usar suas redes sociais, bloqueadas na malfadada operação determinada pelo Supremo, o general manifestou sua preocupação com o que está acontecendo no Brasil.
Paulo Chagas escreveu que não é voz isolada na multidão; não é. Disse que o povo demonstra revolta diante da indisciplina intelectual que caracteriza a atuação da Corte; é verdade. E advertiu que essa prática enfraquece a democracia.
O general Paulo Chagas tem agido como o supostamente frágil personagem de François Andriex no conto ‘O Moleiro de Sans-Souci’. A história do moleiro que enfrentou o imperador, dizendo haver juízes em Berlim, todo mundo conhece.
Quanto aos ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes, estão sendo comparados ao sonhador e fantasioso Dom Quixote, de Miguel de Cervantes.