Plantas de plástico
O jardim do vizinho parece ser mais verde, mas tudo não passa de mera ilusão

Há quem viva olhando por cima do muro, hipnotizado pelo suposto gramado impecável do vizinho. Gente que acredita, com fervor quase religioso, que o jardim do outro é sempre mais verde. Mas é verde fluorescente, artificial, comprado na promoção da enganação e mantido com adubo de aparência, irrigado com likes.
São esses os que abandonam o próprio quintal em busca de um sucesso que não existe, ou, quando existe, é empilhado sobre mentiras, encenações e narrativas de vitrine. É a geração do deslumbramento vazio, que prefere acreditar num post patrocinado a encarar a realidade espelhada no espelho.
E quando voltam os olhos para os que têm coragem de trabalhar, plantar e colher com esforço, não suportam. Não toleram. Porque o sucesso alheio, quando legítimo, dói como ferida aberta em quem só conhece o atalho. Criticam, menosprezam, atacam, e fazem isso com a crueldade dos fracos, escondidos, sorrateiros, rastejantes.
São os babacas de sempre, que cospem no prato onde comeram, mas se recusam a lavar depois. Preferem jogar no chão para ver se quebra, mesmo sabendo que a sujeira vai respingar neles também. Não são só ingratos, são autodestrutivos. Idiotas que agem contra os próprios interesses, apenas para tentar sabotar quem segue em frente.
Ruminam mágoas e vomitam ressentimentos, travestidos de “crítica construtiva”. Só que não constroem nada. Não movem um dedo para melhorar o que quer que seja. São mestres do comentário fétido, do julgamento gratuito, da mentira que começa como meia verdade e termina como calúnia.
Esses seres medíocres não suportam a luz dos que brilham com verdade, por isso tentam apagar o que não conseguem alcançar. Não compreendem que o sucesso não se copia, se constrói. E que o jardim que parece mais verde quase sempre é feito de grama sintética.
Enquanto isso, os que sujam as mãos com a terra da vida real seguem plantando, e colhendo.
