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O ladrão de livros e os receptadores anônimos na telona
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Em Cartas para um Ladrão de Livros, os diretores Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros lidam com o desafio de um personagem sedutor.
Laéssio Rodrigues de Oliveira, considerado pela polícia o maior ladrão de obras raras do País, começou a atividade para alimentar uma coleção de fotos e revistas sobre Carmem Miranda.
Logo descobriu que podia alçar outros voos e começou a dar desfalques nos em geral descuidados acervos históricos do País.
O próprio Laéssio se incumbe de fornecer contrapontos ao espectador. Egocêntrico e vaidoso demais, suas noções sobre o patrimônio público, como algo a ser expropriado para que outras mãos o tratem melhor, são deploráveis.
O mais interessante é que tudo se revela, menos a identidade dos receptadores das obras furtadas por Laéssio. Provavelmente grandes nomes da indústria e das finanças, que adoram colecionar livros e objetos de arte, permanecem ao abrigo da polícia, da Justiça e da indiscrição pública. E do próprio filme. Assim é o Brasil.
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