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25% das mulheres têm

O que é e como tratar a síndrome dos ovários policísticos

Publicado

Autor/Imagem:
Thais Domingues

A síndrome dos ovários policísticos é uma das alterações endócrinas mais comuns nas mulheres em idade reprodutiva: dependendo do critério utilizado para o seu diagnóstico, pode atingir até 25% delas no mundo. E, frequentemente, a doença as faz vivenciar a infertilidade.

Alguns sinais da doença são o aumento de pelos em regiões observadas nos homens (como o rosto) ou aumento de hormônios masculinos, além de alteração ovulatória, identificada pelas menstruações escassas ao longo do ano, com intervalo superior a 45 dias entre elas, ou pelos ovários de aspecto policístico ao ultrassom.

O diagnóstico é clínico, após a exclusão de outras doenças que possam levar às mesmas alterações. Entre elas estão desde as mais simples, como obesidade, alterações na tireoide e aumento de prolactina – conhecida como “hormônio do leite” –, até as mais graves, como tumores produtores de hormônio masculino.

O tratamento deve ser direcionado às necessidades da paciente. Para as obesas, a perda de peso é medida urgente e inicial. Para as que não desejam engravidar, devemos protegê-las dos riscos tardios da doença, como câncer de endométrio, parte interna do útero, por meio do uso de anticoncepcionais, e riscos metabólicos, como infarto e diabetes, por meio de dieta e da prática de exercícios, além de remédios que diminuam o risco de diabetes, como a metformina.

Já as pacientes que desejam engravidar, além dessas medidas, o objetivo principal é fazê-las ovular. Quando o casal infértil é avaliado e o único fator para a dificuldade de conceber é a falta de ovulação, remédios (em forma de comprimido) são administrados para induzi-la e eles podem resolver o problema.

Entretanto, alguns casos são indicados a fertilização in vitro, devido a alguma alteração masculina ou tubária. Nessas situações, deve-se optar por medicações indutoras mais potentes, de administração subcutânea.

Essas pacientes são mais propensas a desenvolverem complicações, como a síndrome de hiperestímulo ovariano, quando os ovários têm uma reação exagerada às medicações do tratamento de reprodução assistida. Felizmente, quando a mulher é bem assistida por uma equipe experiente, esses riscos podem ser evitados e quase anulados.

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