O Tempo que voa, criando ciclo em círculos para que o amanhã possa vir

Levei uma trombada com alguém.
Olhei e o reconheci:
Era um velho conhecido – O tempo

– Olá soberano- Disse

– Soberano? Ele respondeu indagando

– Sim, Tempo novo-velho.

Tu és altivo pelas tuas mudanças de marés-marolas que hoje me sossegam. Sabe tempo, fizeste em mim uma espécie carregada de mansidões. Estranha que sempre fui ficava horas em fugas, olhando vénus pela alvorada, Daí, você voltava a mim e me plantava ao chão.

Eu florescia…

Às vezes, eu te notava parado porque eu ficava horas a fio brincando de me esquecer, seu danado, persistente você quando ia à caça de mim em outros horizontes perdidos, Diz-me velho menino, que sede é a tua?

Fica vagueando criando ciclos em círculos como se o amanhã chegasse breve. Deixe-me rir, tempo se te cumprimento com um ‘oi’ você questiona a dor. Diz-me que só há dois caminhos – ela e o amor.

Em outro momento, perguntar-me-ás – se te acho longe quando na espera E se te acho perto quando o relógio decide meditar.

Oh querido tempo desculpe-me pelos devaneios. Hoje, sei que és perene, todavia não tem prazo de validade tu te evades instantâneo em uma rota que nunca será reta, indistinta ou perdida.

Se te digo – como?

Tu deixas um Sol a clarear minha cabeça e deposita um luar que pousa em minhas mãos.

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(Rob Alme) Roberleide de Almeida Gonçalves, nascida em Candeias, Bahia, é uma mulher multifacetada, que une a paixão pela educação à sua profunda curiosidade intelectual. Casada e mãe, dedica-se à docência com entusiasmo, especializando-se em Linguística, com foco em semântica, morfologia e sintaxe. Enquanto Coordenadora Pedagógica, contribui ativamente para a formação de profissionais da educação, entre outras áreas. Com poemas, crônicas e contos publicados em antologias. @rob.alme – Aroberleide@gmail.com