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Obesos invadem a cidade; é comida ruim e sedentarismo

Carolina Paiva, Edição

Visto no passado como um bom sinal, isso até o século 19, o obeso era considerado uma pessoa de sucesso pela sociedade, pois indicava que o padrão financeiro do indivíduo era alto, consequentemente a obesidade e era considerada rara. Mas atualmente é diferente.

Em cada época criou-se um estigma, hoje chamada de doença, a obesidade foi declarada epidemia pelos órgãos mundiais de controle de saúde, pois estudos científicos demonstram a cada dia o excesso de peso como causa primária para diversas outras complicações de saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, os hábitos no Brasil impactam no aumento da obesidade e como consequência o surgimento das doenças colaterais como diabetes e hipertensão. Prevenção é a chave, mas para planejar programas e ações que reduzam o aparecimento de doenças é preciso para isso uma primeira etapa, que é conhecer a situação de saúde da população, para melhorar a saúde pública no Brasil.

O excesso de peso e a obesidade aumentam sem controle no mundo todo. Alguns dos vilões são o enorme consumo de alimentos industrializados, com alta densidade energética, a “gourmetização” cada vez elaborando comidas mais cremosas e fritas no cotidiano das pessoas.

Isso leva a outros problemas, como a redução do volume de atividades físicas na semana, sedentarismo, e o alto grau de estresse, que fazem com que as pessoas comam por motivos emocionais, são chamados os compulsivos. O alto volume de trabalho imposto pela necessidade de produção nas empresas também leva a pessoa a não ter tempo para parar e fazer uma refeição saudável, compelindo-as muitas vezes a recorrer a fast-foods, que em sua maioria são extremamente gordurosas e de baixo valor nutricional, tudo isso vem colaborando para o aumento de peso e das doenças crônicas degenerativas.

Segundo pesquisas realizadas pela Vigitel (Sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico) órgão do Ministério da saúde para estruturar a vigilância de doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, o excesso de peso cresceu cerca de 26,3% em dez anos, passando de 42,6% em 2006 para 53,8% em 2016.

Com maior incidência em homens 57,7% do que nas mulheres 50,5%. O índice aumenta com a idade e é maior entre as pessoas com menor escolaridade. A obesidade cresceu 60% nos últimos dez anos, de 2006 a 2016, passando de 11,8% para 18,9%. A prevalência é semelhante entre os sexos: homens com 19,6% e mulheres com 18,1%, duplica a partir dos 25 anos e é maior entre os que têm também menos escolaridade.

Isso reflete de imediato no avanço do percentual das doenças crônicas, como o aumento de 61,8% de pessoas diagnosticadas com diabetes e o crescimento de 14,2% no número de diagnosticadas por hipertensão.

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