O Observatório do Valongo, no bairro da Saúde, zona portuária do Rio de Janeiro, está instalado na área de revitalização do Porto do Rio e por isso foi incluído na programação de urbanização do local e do Morro da Conceição. O observatório pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, além dos estudantes de graduação e de pós-graduação em Astronomia, desde o dia 10 de março recebe visitantes, de segunda-feira à sexta-feira, das 11h às 16h.
“A gente tem uma média de dez pessoas por dia. Com a divulgação que está tendo nesta semana a gente espera que aumente [o número de visitas] a partir da próxima semana”, disse o diretor Hélio Jaques Rocha Pinto.
No passado havia visitas apenas para escolas, que com o tempo foram suspensas. Rocha Pinto disse que era uma intenção antiga da direção abrir as portas do observatório ao público. A proposta de abrir as visitações não podia ser concretizada porque não existia uma equipe para trabalhar com a apresentação. “Muitos turistas que visitavam o Morro da Conceição tinham interesse em entrar. Os guardas não deixavam porque sabiam que não tinha equipe”, destacou. O Observatório do Valongo foi fundado em 1881.
A revitalização da área do Porto do Rio tem atraído muitos turistas e moradores da capital fluminense que querem conhecer o Morro da Conceição, local histórico, com destaque para os Jardins Suspensos e da Pedra do Sal, além do Cais do Valongo, onde chegavam os escravos no Rio. “A ideia é que os turistas subam pela escadaria que é antiga e antes de conhecer o Morro [da Conceição] vejam o observatório”, disse Hélio Jaques.
As visitações são orientadas pelo astrônomo Daniel Mello leva, em média, 30 minutos se o grupo não for muito grande. “Hoje pela manhã teve um grupo de 16 estudantes de uma escola de turismo. Quando tem um grupo maior eu tenho que dividir porque não cabem, por exemplo, 16 pessoas em uma cúpula. Então, a visita demora um pouquinho mais “, explicou Daniel, acrescentando que não há número específico de pessoas por visitas.
O representante comercial Gilbert Martins Mendonça ficou animado com os detalhes que podem ser vistos com a utilização dos telescópios. “Dá para ver as nuvens em Júpiter e as crateras na Lua, montanhas na Lua”. Ao tentar observar o céu, Martins recebeu foi orientado a não observar diretamente o sol, a menos que seja colocado um filtro na frente da lente.
Cristina Índio do Brasil, ABr