Emaranhados nas redes da obsessão,
Do amor que se disfarça em louca paixão,
O ciúme, como um lobo faminto, ronda,
Controlando cada postagem, cada onda;
Nas redes sociais, ele vigia e espreita,
Cada curtida, cada comentário, é uma suspeita,
A mente obcecada, num vai e vem interminável,
Traça teias invisíveis, prendendo-a a ele, instável;
Ela, cativa, sorri para a câmera,
Mas nos bastidores, a obsessão a espera,
Ele decifra cada emoji, cada palavra,
Como um detetive, buscando pistas na lava;
As fotos, os stories, tudo é examinado,
Cada amigo, cada seguidor, é monitorado,
Ele se alimenta da ansiedade, do medo,
Enquanto ela, sem saber, dança no enredo;
A relação se torna uma prisão dourada,
Onde o amor se confunde com a armadilha armada,
Ela tenta escapar, mas as redes a retêm,
Como um pássaro preso, sem asas, sem refém;
No silêncio das mensagens não enviadas,
Na espera angustiante, nas noites mal dormidas,
A obsessão se alimenta, cresce e se alarga,
Até que ambos estejam presos, sem saída, sem estrada;
E no desespero dessa louca obsessão,
Tudo o que um dia foi belo, se esvaiu!
Hoje vivendo em uma triste convicção,
De que o amor jamais existiu.