A Organização Mundial da Saúde decidiu convocar uma reunião de emergência de especialistas para discutir o surto de varíola dos macacos, no momento em que a doença se espalha por diferentes países. A pauta do encontro, agendada preliminarmente para o domingo, 22, serão as formas de transmissão do vírus, sua alta prevalência em gays e homens bissexuais, bem como a situação das vacinas.
A doença está se espalhando rapidamente. Autoridades alemãs registraram o primeiro caso de infecção por varíola dos macacos no país. Segundo o Instituto de Microbiologia da Bundeswehr, ligado às Forças Armadas alemãs, o vírus foi detectado em um brasileiro de 26 anos, que chegou a Berlim procedente de Portugal, com uma parada na Espanha.
“O vírus da varíola dos macacos foi detectado pela primeira vez na Alemanha pelo Instituto de Microbiologia de #Bundeswehr. Nosso instituto em Munique já havia diagnosticado o primeiro caso do coronavírus em 2020”, informou o Ministério da Defesa alemão.
Em 7 de maio, a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido foi a primeira autoridade de saúde na Europa a relatar publicamente um caso de varíola em um paciente que viajou recentemente à Nigéria. Desde então, casos de varíola também foram confirmados na Austrália, Canadá, França, Itália, Portugal, Espanha, Suécia e Estados Unidos.
A Monkeypox é uma doença viral rara transmitida aos seres humanos através de contato com animais. A letalidade varia de 1% a 10%. A doença não se espalha facilmente entre as pessoas, mas pode ter complicações.
Esse tipo de varíola ocorre predominantemente na África Central e Ocidental e resulta em inchaço dos gânglios linfáticos, bem como erupção cutânea generalizada pelo corpo, semelhantes aos sintomas observados em pacientes com a ‘varíola ocidental’, mas menos graves.
O período de incubação geralmente dura de seis a 13 dias, mas pode durar até 21 dias. Os sintomas da varíola são febre, dores nas costas e nos músculos e erupções cutâneas no corpo.