Rio
ONG LGBTQIA+ abre vagas para atendimento psicológico
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emO Grupo Pela Vidda do Rio de Janeiro está com inscrições abertas para atendimento terapêutico gratuito voltado para a população LGBTQIA+ e pessoas que vivem com HIV/Aids. A instituição foi criada por pessoas com HIV/Aids, em 1989, e tem como objetivo principal a “valorização, integração e dignidade do doente de Aids”, daí a sigla Vidda, que dá nome ao grupo.
Dentre a proposta de promover a defesa dos direitos de pessoas com HIV/Aids e população LGBTQIA+, a luta contra preconceito e formas de discriminação, e o bem-estar desse público-alvo, os grupos terapêuticos são uma forma de oferecer um ambiente seguro, acolhedor e inclusivo.
O programa oferece suporte psicológico por meio de grupos, visando diminuir o estigma, empoderar e promover a reintegração social dos atendidos. A iniciativa estimula que participantes possam discutir questões pessoais e emocionais sob a orientação de profissionais qualificados. A iniciativa conta com parceria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Julio César da Conceição é um dos participantes acompanhados pelo grupo terapêutico.
“O Pela Vidda me deu apoio quando eu mais precisei. Aqui eu encontrei amigos. Desde o ano passado participo do grupo. Cheguei aqui com depressão e recebi atendimento dos profissionais. Uma conversa, uma troca de experiência. Vale a pena.”
“Acreditamos que a conexão com os outros e o compartilhamento de experiências podem desempenhar um papel fundamental no processo de fortalecimento de laços afetivos e na manutenção do cuidado com a saúde mental”, aponta Thais Monsores, psicóloga e voluntária.
O grupo de atendimento faz parte de um cenário em que, especialmente entre jovens, a prevalência de problemas relacionados à saúde mental é maior na população LGBTQIA+ que na heterossexual.
Uma pesquisa divulgada pelo Datafolha em 2022 apontou que 81% dos brasileiros de 15 a 29 anos que se consideram heterossexuais tiveram problemas relacionados a saúde mental. Entre os entrevistados que se identificaram como LGBTQIA+, a proporção foi maior, 92%.
“A ideia do trabalho realizado é possibilitar que, cada vez mais, pessoas com HIV e LGBTQIA+ tenham acesso ao cuidado com a saúde mental”, completa Thais Monsores.