A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nesta terça (6) um cessar-fogo humanitário imediato e de ao menos um mês na Síria, onde relatos denunciaram ataques aéreos intensos que mataram dezenas de pessoas no último grande bastião rebelde próximo de Damasco.
Ao mesmo tempo, especialistas da ONU em crimes de guerra disseram estar investigando vários relatos sobre o uso de supostas bombas de gás cloro contra civis nas cidades rebeladas de Saraqeb, na província de Idlib, no noroeste sírio, e Douma, em Ghouta Ocidental, nos subúrbios de Damasco.
O governo da Síria nega o uso de armas químicas.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos disse que o bombardeio desta terça-feira em Ghouta Ocidental matou 63 pessoas. Khalil Aybour, uma autoridade local, estimou o saldo de mortes em 53.
Na segunda-feira ataques aéreos mataram 30 pessoas nesta área, afirmou o Observatório.
“Hoje não existe mais nenhuma área segura. Esta é uma questão central que as pessoas deveriam entender: não existe espaço seguro”, disse Siraj Mahmoud, chefe do serviço de resgate da Defesa Civil na área rural de Damasco, controlada pela oposição, à Reuters.
“Neste momento temos pessoas sob escombros, a busca de alvos está em curso, aviões de guerra sobre bairros residenciais.”
O bombardeio de insurgentes sobre a capital sob controle do governo matou três pessoas, relataram o Observatório e a mídia estatal síria.
Ataques aéreos também vitimaram ao menos seis pessoas em Idlib, ocupada pelos rebeldes, incluindo cinco no vilarejo de Tarmala, disse o Observatório.