A velha máxima ‘doa a quem doer’ está sendo levada ao pé da letra pela Polícia Federal, na operação Acrônimo, deflagrada nesta sexta-feira 29 para combater uma quadrilha de lavagem de dinheiro. Tanto, que o apartamento que Carolina Pimentel mantém em Brasília foi vasculhado por delegados e agentes, que de lá levaram muitos documentos. Carolina é esposa de Fernando Pimentel (PT), governador de Minas Gerais.
Enquanto essa equipe entrava no apartamento da primeira-dama de Minas, na 114 Sul, outras pessoas ligadas a Fernando Pimentel estavam sendo presas em outros pontos de Brasília. O delegado regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado, Dennis Cali, disse que não havia nenhuma autoridade com prerrogativa de foro ou partido político sendo investigado.
– Até o momento o governador Pimentel não é alvo da investigação, afirmou. .Em Belo Horizonte, a Secretaria de Comunicação do Estado de Minas Gerais disse, por meio de nota à Imprensa, que o governo mineiro “não é objeto de investigação neste processo”.
De acordo com Cali, há 30 empresas sendo investigadas. Uma delas teria tido faturamento de R$ 465 milhões. Quatro homens foram presos em flagrante suspeitos de envolvimento no esquema. Policiais encontraram mensagens trocadas entre os suspeitos que indicavam a prática de crimes.
Além disso, a corporação apreendeu ainda mais de R$ 100 mil em espécie e dez carros de luxo no Distrito Federal, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás. Um avião avaliado em R$ 2,5 milhões também foi apreendido.
Entre os presos estão Marcier Trombiere Moreira, servidor de carreira do Banco do Brasil que trabalhou, na campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT); o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, dono de uma gráfica que também prestou serviço para a campanha do governador petista.