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Operação contra pedofilia prendeu médicos, professores, pais, avós…

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A operação Luz na Infância 2, deflagrada nesta quinta (17), resultou ao longo do dia em 251 prisões em Brasília e 24 Estados, segundo balanço divulgado pelo Ministério Extraordinário da Segurança Pública. A ação teve como foco o combate à pornografia infantil. A operação investigou pessoas que compartilhavam ou armazenavam conteúdos relacionados a crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes.

Segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, mais de 1 milhão de arquivos (entre fotos, vídeos e outros documentos obtidos em ambientes virtuais) com conteúdos relacionados a crimes de abuso sexual de crianças e adolescentes foram analisados antes da operação.

Do total de prisões, 128 foram na região Sudeste, 47 no Nordeste, 38 no Sul, 21 no Centro-Oeste e 17 no Norte. Ao todo, foram expedidos 579 mandados. O ministério informou que segue monitorando a ação das equipes envolvidas, podendo haver novos números de prisões.

Todos os presos são do sexo masculino, alguns casados, com filhos e na faixa etária dos 40 anos. O mais jovem deles tem 17 anos e o mais velho, 85. Entre eles estão médicos, servidores públicos, técnicos em informática e professores.

Como o crime de armazenamento é afiançável, a maior parte pagou a fiança e passou a responder ao processo em liberdade. Já o crime de compartilhamento de imagem não permite o pagamento de fiança.

Foram apreendidos 2.627 objetos como CPUs, notebooks, pen drives, celulares, CDs e DVDs. Todos os equipamentos serão encaminhados para a perícia técnica. A operação também prendeu pessoas que acessavam sites de pornografia infantil com muita frequência. “Não é possível mais que toleremos estas situações em que crianças, extremamente indefesas, tenham imagens divulgadas de uma maneira tão ostensiva”, disse um delegado que participou da operação.

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