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Operação da PF vai atrás do governador do Rio

Policiais federais chegaram pouco depois das 7 horas desta terça, 26, ao Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, para busca e apreensão em uma operação que apura desvios de recursos públicos nas ações de combate ao novo coronavírus.

Embora tenham feito campanhas juntos, Witzel é hoje um dos maiores desafetos do presidente Jair Bolsonaro. A primeira-dama Helena Witzel também é alvo da ação.

A operação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça e cumpre um total de 11 mandados, que se estendem inclusive a regiões de São Paulo. Há suspeitas de superfaturamento na compra de equipamentos e testes rápidos.

As investigações indicam a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado do Rio.

Equipes da PF também foram mobilizadas para a casa onde Wilson Witzel morava antes de ser eleito, no Grajaú, e no escritório de advocacia do governador, que é ex-juiz federal.

Gabriell Neves, ex-subsecretário de Saúde do Estado, também é alvo da operação, bem como o Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde), organização social contratada pelo governo local para a construção de sete hospitais de campanha no estado.

Há duas semanas, em outra operação da Polícia Federal, foram presas cinco pessoas, entre elas o empresário Mário Peixoto, que tem contratos de R$ 129 milhões com o governo do Rio de Janeiro.

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