Quase 155 mil motoristas que apresentavam sinais de embriaguez tiveram suas carteiras de habilitação recolhidas pela Lei Seca, desde que a operação ganhou as ruas, há sete anos. O número de pessoas alcoolizadas flagradas ao volante vem caindo gradualmente, desde 19 de março de 2009. O percentual de motoristas embriagados abordados nas blitzes era de 7,9%, em 2009. A taxa média atual é de 5,1%. Outros números da Lei Seca impressionam: mais 2,1 milhões de motoristas já foram abordados em mais de 15 mil ações de fiscalização por todo o estado.
– A Lei Seca promoveu uma mudança significativa de hábitos em relação ao trânsito. Essa percepção é confirmada pela preservação de vidas em todo o estado. O Rio de Janeiro apresentou redução de 30%, em média, no número de motoristas flagrados embriagados nas nossas blitzes. Esse é um presente da sociedade fluminense para a Lei Seca – afirma o coordenador da operação, tenente-coronel Marco Andrade.
Além do aspecto educativo e de fiscalização, a Lei Seca também gerou bons resultados para a segurança pública. Durante as blitzes, foram capturados 134 foragidos da Justiça. Os agentes também recuperaram 127 veículos roubados e apreenderam 54 armas de fogo foram.
Vidas preservadas
A Operação Lei Seca proporcionou, em sete anos, uma redução considerável no número de mortos e feridos no trânsito do Rio de Janeiro. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) e do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o número de vítimas fatais passou de 59 por 100 mil veículos, em 2009, para 29 por 100 mil veículos, em 2015.
A taxa de feridos em acidentes de trânsito também apresenta queda. Em 2009, 991 pessoas se envolveram em acidentes com vítimas (a cada 100 mil veículos). Já em 2015, 653 pessoas ficaram feridas em acidentes de trânsito.
Ações no interior
No interior do estado, a Operação Lei Seca já abordou mais de 100 mil motoristas ao longo destes sete anos. Neste período, foi detectada alcoolemia em 11.006 motoristas. O percentual de casos de alcoolemia no interior ultrapassa a média da capital. Enquanto na Região Metropolitana a média mensal é de 5,1%, no interior este número é mais que o dobro: 10,6%.
– Estamos intensificando as ações no interior do estado para que possamos obter o resultado que já alcançamos na Região Metropolitana – antecipa o tenente-coronel Marco Andrade.
Além das fiscalizações, que contam diariamente com 250 agentes, as ações da Lei Seca reforçam a recomendação de não dirigir depois de beber. Desde 2009, 1.611 palestras foram realizadas em todo o estado, contando com a participação de agentes cadeirantes vítimas de acidentes de trânsito provocados por consumo de álcool. Grandes empresas como TV Globo, Petrobras, Carrefour, Prezunic, Casas Bahia entre outras, já receberam palestras. Empresas interessada em agendar palestras podem se inscrever pelo e-mail para ols.educacao@gmail.com ou telefonar para 2334-3407.
Tipo exportação
A Operação Lei Seca já serviu de inspiração para outros estados do Brasil e até para o exterior: 20 delegações brasileiras, entre elas Pernambuco, Acre, Rondônia e Alagoas; e duas delegações internacionais (Venezuela e Espanha) enviaram comitivas ao Rio de Janeiro para “importar” o modelo de gestão da Lei Seca fluminense.
Balanço atualizado
Desde a criação da Operação Lei Seca até a madrugada de quinta-feira (17), 2.146.476 motoristas foram abordados, 422.833 foram multados, 83.858 veículos foram rebocados e 145.422 motoristas tiveram a CNH recolhida. Neste período foi comprovada a alcoolemia em 154.813 motoristas.