Oposição a Dilma e Cunha vai se guardando e ganhando fôlego até o Carnaval chegar
Publicado
emCláudio Coletti
“Fora Dilma”, “Fora Cunha”- são gritos que ecoam pelas ruas de todo o país. São clamores que só terão um fim depois do carnaval, com o retorno a Brasília dos deputados e senadores e encerramento das férias no Poder Judiciário.
O processo do impeachment da presidente Dilma ganhou um expressivo alívio no Supremo Tribunal Federal. A maioria dos ministros decidiu que a comissão especial da Câmara deve ser integrada tão somente pelos deputados indicados pelos líderes.
Nada de candidatos avulsos. Será uma eleição que escolherá os nomes previamente indicados. Bom para o governo, que se beneficiou também de outra decisão do Supremo. Mesmo que a Câmara aprove o impeachment da presidente, o Senado terá o poder de decidir se aceita ou não o que foi aprovado pelos deputados.
A oposição, derrotada no Supremo, aposta que no decorrer do longo período de férias dos parlamentares- 40 dias- eles serão pressionados nas suas bases eleitorais para votarem pelo afastamento de Dilma. Também é considerado o fato de 81% da população, atualmente, serem contrários ao governo do PT.
Já o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, está com a corda no pescoço. Seu futuro está nas mãos do ministro-relator dos processos da Lava-Jato, Teori Zavascki. Caberá a ele decidir por conta própria ou pelo plenário da corte sobre o pedido de afastamento de Cunha da presidência da Câmara e a suspensão do seu mandato de deputado, formulado pelo procurador geral Rodrigo Janot. Essa decisão só sai depois do Carnaval.