Rafael Alves
Desde as 5 horas, 12 órgãos do governo de Brasília fazem ação conjunta para coibir o comércio irregular e outros crimes no Setor Comercial Sul. É a operação Centro Legal, continuação do trabalho intensificado em dezembro na Rodoviária do Plano Piloto. O objetivo é também combater o transporte irregular de passageiros, a prostituição, o tráfico e o uso de drogas e outros crimes e contravenções praticados na área.
Camelôs e vendedores de alimentos foram impedidos de montar bancas em vários pontos do setor. Policiais militares e servidores da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) deram orientações para aqueles que insistiam em vender os produtos. A Secretaria-Adjunta do Trabalho, da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, também dá suporte à operação. Em conjunto com a Administração do Plano Piloto, os servidores orientam ambulantes a se cadastrarem para que deixem a informalidade.
A intenção do governo é garantir a ordem pública, dar segurança aos consumidores e aos comerciantes das quadras e revitalizar o espaço, além de desobstruir passagens de pedestres importantes, como aquela entre o shopping Pátio Brasil e a Galeria dos Estados. De acordo com a Subchefia da Ordem Pública e Social, da Casa Militar, que coordena a operação, os trabalhos serão permanentes.
O administrador do Plano Piloto, Marcos Pacco, afirma que as ações para coibir irregularidades em áreas de grande movimento da região administrativa serão contínuas. “Por muito tempo o centro do Plano Piloto ficou largado e, com isso, várias atividades ilegais se proliferaram”, diz.
A dona de casa Dinara Guimarães de Medeiros, de 48 anos, passa sempre Setor Comercial Sul e aprovou o aspecto mais limpo da área. “Melhora a circulação das pessoas. A gente precisa desviar das bancas e dos produtos expostos no chão.”
Trinta viaturas e 160 servidores da Polícia Militar, da Agefis, do Corpo de Bombeiros, da Administração do Plano Piloto, da Companhia Energética de Brasília (CEB), do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), da Casa Civil, da Casa Militar, da Secretaria de Mobilidade, da Secretaria-Adjunta do Trabalho, da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) participam da ação.
Mercadorias apreendidas serão levadas ao depósito da Agefis, no Setor de Indústria e Abastecimento.
Revitalização – A Novacap poda árvores e reforma calçadas na região. Ao longo do mês de janeiro, estão previstas a recuperação de gramados e de canteiros, além do plantio de mudas de árvores.
Segundo a CEB, toda a iluminação do Setor Comercial Sul será trocada. Já foram colocados 202 novos pontos de luz e outros 134 serão instalados ao longo da operação. O custo será de R$ 732 mil.
Natal Legal – De 1º de dezembro de 2015 a 4 de janeiro de 2016, foram apreendidos 10.638 produtos comercializados irregularmente na Rodoviária do Plano Piloto e nas redondezas do terminal durante a operação Natal Legal. Os 3.905 servidores que participaram da ação conjunta detiveram 23 pessoas, apreenderam 78 carrinhos e objetos usados para a montagem de barracas e emitiram 163 autos de apreensão. Mercadorias seguiram para o depósito da agência, no Setor de Indústria e Abastecimento, e alimentos e artigos perecíveis, para doação a instituições de caridade.
O objetivo é restabelecer a ordem pública, com a desobstrução da passagem de pedestres entre o Conjunto Nacional e o Setor de Diversões Sul (mais conhecido como Conic), por exemplo. A intenção também é fazer um amplo trabalho de limpeza e dar mais segurança aos frequentadores da área central de Brasília. Segundo a Administração Regional do Plano Piloto, os arredores da rodoviária serão fiscalizados diariamente para evitar o retorno do comércio ilegal.
Agência Brasília