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Organização Mundial da Saúde publica guia mandando evitar ‘locais pobres’ no Rio

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Pressionada para pedir a suspensão dos Jogos Olímpicos por conta do surto de zika vírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu publicar um guia para atletas, turistas e jornalistas estrangeiros que estarão no Rio em agosto para a competição. Na avaliação da agência de Saúde da ONU, os estrangeiros precisam “evitar visitar áreas pobres ou superpovoadas nas cidades sem água encanada ou saneamento pobre, onde o risco de ser picado pelo mosquito Aedes aegipty é maior.”

Nesta semana, um apelo publicado em revistas especializadas nos Estados Unidos pedia que a OMS sugerisse ao Comitê Olímpico Internacional (COI) o adiamento da Rio 2016 diante do risco de proliferação de casos para novos países e uma onda de nascimento de crianças com microcefalia.

Em resposta, o COI garantiu que o evento será mantido e que a OMS não recomenda banir viagens ao Brasil, mesmo diante da atual situação. Ainda assim, a agência de saúde decidiu publicar uma lista de recomendações para informar aos estrangeiros que venham ao Brasil para competir, trabalhar ou apenas acompanhar o evento.

Entre as recomendações está ainda a de que pessoas pratiquem “sexo seguro ou abstinência” durante a estadia no Rio. Ao retornar a seus países de origem, devem continuar a manter relações sexuais seguras por “pelo menos mais quatro semanas.” Já as grávidas devem evitar viajar à cidade e seus parceiros que estejam no Rio devem, ao retornar aos seus países de origem, usar preservativos em relações sexuais durante o restante da gravidez.

O temor da OMS é de que a transmissão entre pessoas seja mais importante do que se imaginava. Outra sugestão é para que os estrangeiros optem por hotéis com ar-condicionado, reduzindo as chances de ser picados pelo mosquito. Durante o dia, a OMS sugere que os estrangeiros se protejam com repelentes e roupas que cubram o corpo.

Engenhão é reaberto e entregue ao COI

Um dos principais palcos dos Jogos Olímpicos do, o Engenhão foi reaberto oficialmente ontem. E, apesar de ter uma nova pista de atletismo e ter tido boa parte de sua estrutura interna reformada, o estádio não ficará do jeito que gostaria o Comitê Olímpico Internacional (COI), como afirmou o próprio prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Antes de entregar simbolicamente a chave do estádio para o presidente do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, o prefeito fez um breve pronunciamento em que deixou claro que nem tudo o que foi pedido pelos organizadores da Olimpíada foi atendido.

“O estádio levou um banho de loja. Não um banho de loja padrão COI porque eles queriam que eu pintasse até as colunas, mas a pintura custava R$ 3 milhões e eu achei que não valia a pena gastar isso”, afirmou o prefeito. “Mas nós demos um banho de loja, com alteração de banheiros, elevadores, ar-condicionado, equipamentos de proteção contra incêndio e sonorização”.

Construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007, o Engenhão fechou as portas em março de 2013 após laudo apontar risco de queda da cobertura. Um reforço na estrutura precisou ser feito ao custo de R$ 100 milhões. Para os Jogos, outros R$ 52 milhões foram gastos. O estádio receberá evento-teste neste fim de semana.

Paes garantiu ainda que o impeachment da presidente Dilma não prejudicará os Jogos. “A Olimpíada pertence a uma agenda que não pertence a partido nenhum. É uma agenda do Brasil”.

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