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Órgãos do governo voltam a ameaçar com derrubadas

Derrubadas na periferia do Plano Piloto, a exemplo do que aconteceu no Lago, chegam ao Guará, mas com outra conotação e chances de uma negociação

Bartô Granja

O fantasma das derrubadas promovidas pela Agefis volta a assustar moradores do Sol Nascente. Eles temem que a regularização fundiária patrocinada pela Terracap sirva de pretexto para que percam seus lotes.

Essa preocupção foi manifestada em audiência pública realizada na Câmara Legislativa. Moradores relataram o temor diante da iminência de novas ações. Citaram, por exemplo, a notificação com iuntimação demolitória, pela Agefis, de 20 obras na Chácara 203-A, onde residem quase cem pessoas.

Vários participantes da audiência reclamaram do modo como a Agefis trata a comunidade local. O morador da Chácara 203-A, Edson Verediano, disse que as pessoas “merecem respeito” e rechaçam ser denominadas de “grileiros”. A líder comunitária Cristina Magalhães afirmou: “Não somos bandidos, não somos vagabundos, como disse a presidente da Agefis; somos seres humanos lutando pelas suas moradias”.

Cristina cobra da Agefis uma retratação formal sobre as derrubadas, cujas ações “são cenas de guerra”, conforme descreveu. Segundo ela, há três mil casas fora da poligonal do setor.

A líder coimunitária argumentou que as casas não situadas em áreas ambientais ou de risco deveriam entrar na poligonal e as demais, realocadas. Chacareiros presentes na audiência pleitearam a regularização das áreas rurais do Sol Nascente.

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