“A Ponte Costa e Silva – que liga o Lago Sul ao Plano Piloto, em Brasília – está de volta. Ela é do povo democrata. Os comunistas estão caindo.”
Foi assim, em tom de euforia, que a deputada eleita Bia Kicis (PRP-DF) comemorou nesta terça, 6, a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal de devolver à ponte o seu nome original, alterado por lei distrital do deputado (não reeleito) Ricardo Vale, do PT.
Em vídeo postado nas redes sociais, Bia Kicis diz que “a sociedade democrata acaba de conquistar uma vitória”. A revogação do nome (sai Honestino, volta o general) “representa que os comunistas não passarão”, comemorou a futura parlamentar, aliada do presidente eleito Jair Bolsonaro.
A ação foi impetrada em nome do Foro de Brasília pela advogada Dênia Magalhães. “Estavam homenageando um estudante supostamente desaparecido durante o regime militar. Agora o nome que os comunistas queriam caiu; vai voltar a ser Costa e Silva”, disse a advogada, ao lado a deputada.
Já Bia Kicis entende que “assim como o nome de Honestino caiu, cairão todas as ações dos comunistas nos últimos anos e décadas com Jair Bolsonaro na Presidência da República e com toda essa turma do PSL que entrou” (na Câmara dos Deputados).
No vídeo, que já tinha milhares de visualizações na madrugada desta quarta, 7, Bia Kicis define o período em que os generais passaram no Palácio do Planalto como “regime militar”, e não ditadura militar.
Embora em fim de mandato, Ricardo Vale avalia apresentar um novo projeto legislativo para fazer valer a lei agora derrubada pela Justiça. “Honestino faz parte da história viva de Brasília e seu passado não pode ser esquecido”, afirmou.
Veja a gravação: