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Os endividados, o burro, o esperto e o pote que mata a sede

Nunca se ouviu tanto entre os endividados empresários brasilienses o ditado ‘pensando morreu o burro’. Primeiro é preciso lembrar os motivos da morte. Diz a lenda que após vencer uma extensa área do árido sertão nordestino, o burro, com fome e com sede, alcançou as margens do Riacho do Navio. E descobriu-se em meio a uma relva verde e uma água fresquinha. Matar a sede ou a fome, eis a questão. E o corpo ficou inanimado. A história está sendo lembrada em associação direta com quitação de dívidas atrasadas. O banco abre o cofre, paga, e recebe depois a atraentes juros que oscilam entre 1.3% e 1.6%. Claro que o desembolso das parcelas dos cofres públicos é certo, com data pré fixada e negociação pouco republicana. Ok. O que isso tem a ver com a história do burro? É que tem gente se sentindo esperta e indo com muita sede ao pote.

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