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Os Reis Magos visitam o Messias e abrem uma nova porta para a humanidade

Seguiam sempre em frente, tendo aquela estrela tão diferente a guiar seus passos. Sim, há dias caminhavam em direção a Jerusalém, para saudar aquele que viera ao Mundo para salvá-lo. Foram vários dias de viagem, sempre seguindo os sinais celestes. À noite aquela estrela brilhante lhes indicava o caminho. Durante o dia, o próprio Sol desviava seu percurso, para que os três não se perdessem em sua jornada…

Finalmente chegaram ao Palácio de Herodes. Afinal, se estavam à procura do Rei dos Judeus, o mais lógico seria procurá-lo onde a Nobreza se encontrava. Ao ser cientificado do motivo da visita, embora mantivesse o semblante calmo e tranquilo, por dentro o sangue fervia nas veias de Herodes. Como assim, esses homens e seu séquito vieram homenagear o nascimento do Rei dos Judeus? Ele era o único, ungido pelo Altíssimo. Alguma providência deveria ser tomada. E foi o que fez…

Como os Sábios estavam a dias na estrada e o cansaço já dominava seu corpo, aceitaram de bom grado a hospitalidade do Rei e passaram a noite sob seu teto. Precisavam recobrar as energias para continuar a viagem. Enquanto descansavam, Herodes fez seus sacerdotes consultarem suas fontes, para confirmar ou refutar tão perigosa nova… afinal, para ele essa notícia nada tinha de boa…

O dia amanheceu. Os Magos se preparavam para seguir viagem e foram agradecer a hospitalidade do gentil monarca. Mal sabiam que na mente desse homem aparentemente tão tranquilo mil ideias brotavam, como as ervas daninhas que nascem no jardim. E em todas as novas ideias que surgiam, o objetivo era sempre o mesmo… descobrir onde seu rival nascera, para destruí-lo. E garantir seu reinado por muitas gerações à frente…

Ficou acertado entre a comitiva e o Rei que quando retornassem à sua terra por ali passariam, para informar ao Monarca exatamente onde o Messias se encontrava. Ele também desejava prestar homenagens a tão ilustre recém-nascido…

Chegaram ao seu destino. Estranharam a princípio. Afinal, longe de lugares luxuosos, acabaram em um vilarejo que nada tinha de espetacular. Nada digno do nascimento de um rei… enfim, não podiam discutir com os sinais divinos. E passaram a procurar o local exato do evento. Então a estrela que os havia guiado até ali parou sobre um estábulo. A incredulidade estampou-se em seus rostos. Mas não podiam contestar o sinal…

Seguiram em frente, adentrando a construção simples, onde alguns animais dormitavam… a noite se fazia alta. A estrela pareceu se desprender do céu e enfeitou uma manjedoura que ficava no Nascente… lógico, apesar de estranho. E finalmente os Reis compreenderam… aquela criança que estava deitada naquele lugar tão simples era Aquele que vieram visitar. Teria uns cinco, seis dias de vida. Mas seu olhar era o de alguém que conhecia o Universo…

Todos se ajoelharam em frente ao berço improvisado, fazendo suas reverências. Então entregaram aos pais do Menino os presentes que trouxeram de tão longe. Belchior, o mais velho, ofertou ouro, que entregou nas mãos da mãe do Salvador. Baltasar, o do meio, ofereceu incenso…e Gaspar, o maio novo dos três, entregou mirra como um presente ao futuro Rei… sim, eram presentes valiosíssimos…

Os três e sua comitiva descansaram ali mesmo, ao lado do Messias e seus pais. Durante o repouso, receberam um aviso… deveriam seguir por caminho diverso de Herodes, pois esse desejava o mal daquele destinado a guiar os passos dos homens. Assim fizeram. Os pais do menino também tiveram um sonho premonitório. E ao raiar o dia, seguiram rumo ao Egito, de onde só retornariam quando os Anjos ordenassem… afinal, o Messias tinha um destino a cumprir…

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