Todos os aliados da Otan concordaram que a Ucrânia deve se tornar um membro da aliança, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, nesta sexta-feira, 21.
“Eu disse em Kiev [na quinta-feira] que o futuro da Ucrânia está na família Euro-Atlântica e todos os aliados da OTAN concordaram que a Ucrânia se tornará um membro nosso”, revelou Stoltenberg antes da reunião do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia na Base Aérea de Ramstein, na Alemanha.
O chefe da OTAN também disse que os aliados da aliança estão discutindo a entrega de diferentes tipos de aeronaves à Ucrânia. “Nos jatos, bem, os aliados entregaram, a Polônia entregou os MiG-29. Há uma discussão em andamento sobre também outros tipos de jatos”, acrescentou Stoltenberg.
Na quinta-feira, Stoltenberg frisou durante uma visita a Kiev que os aliados estavam comprometidos em entregar mais jatos, tanques e veículos blindados à Ucrânia. Ele estimou que a ajuda militar da OTAN à Ucrânia ultrapassou US$ 165 bilhões desde fevereiro de 2022.
Durante a visita, Stoltenberg reiterou que o lugar da Ucrânia é na OTAN, mas não deu nenhum cronograma para sua adesão. Ele disse que isso seria possível “com o tempo” e garantiu ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que a aliança era com a Ucrânia a longo prazo para ajudá-la na transição para os padrões da OTAN e garantir sua total interoperabilidade com os aliados.
Em setembro, Zelensky anunciou que a Ucrânia estava se candidatando para ingressar na OTAN de maneira acelerada. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscou estava monitorando de perto a situação e lembrou que a orientação de Kiev em relação à aliança se tornou uma das razões para o início da operação militar da Rússia na Ucrânia em fevereiro de 2022.