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Ou se converte, ou morre, prega bispo sobre Jean Wyllys. Ameaça ou mera futurologia?

Mateus Coutinho e Julia Affonso

Em uma postagem em seu perfil oficial no Facebook, o bispo Marcos Klein divulgou uma foto sua ao lado do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) em um voo comercial. Apesar de aparecer sorrindo na fotografia com o parlamentar, o religioso divulgou uma mensagem de ameaça na legenda da foto na rede social.

“Acho que ele pensou que meu sorriso era pela foto conseguida… Mas eu só queria colocar minhas mãos sobre ele pra profetizar ‘ou se converte, ou morre. O Brasil é de Jesus!!!'”, disse o religioso que, diante da grande repercussão da mensagem acabou deletando a postagem de seu perfil no Facebook.

Klein é da Comunidade Bíblica da Graça, com sede no Rio, mas estaria morando no Chile atualmente. Jean Wyllys é conhecido por sua defesa a causas LGBT, como o casamento gay, que incomodam os setores mais radicais da Igreja.

A reportagem entrou em contato com a Comunidade Bíblica da Graça, mas foi avisada que o bispo responsável, Eduardo Machado, estava em reunião.

Tom de revanche – Mais tarde, Jean Wyllys condenou a ameaça do bispo Marcos Klein em seu perfil no Facebook. Por meio de sua assessoria, o parlamentar, militante dos direitos humanos e da causa LGBT, disse em nota que o episódio revela o nível de “ódio, ressentimento e desonestidade”. “Os verdadeiros cristãos não pensam assim como esse bispo, que fez uma ameaça postando o próprio rosto e agora vamos entregar o print à Polícia Federal”, afirma o texto.
O parlamentar está em missão oficial em Londres a convite da Kings College London e, segundo sua assessoria, é sempre solicito ao ser abordado em locais públicos “porque 99% das vezes são pessoas honestas e que realmente gostam dele e querem ter uma lembrança do encontro”, diz o texto.
“Vejam a quantidade de assassinatos de pessoas LGBT que houve no último mês. É uma situação muito grave, e esses fundamentalistas religiosos que pregam o ódio contra a comunidade LGBT também são responsáveis por esses crimes”.
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