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Pacífica, o carro que tem segurança e conforto de sobra

Hairton Ponciano

Bem ao lado da porta, há um nicho para deixar o guarda-chuva. Caso alguém pise no carpete com os pés sujos, não há problema: um aspirador de pó embutido na lateral, atrás da porta corrediça, pode resolver. Internet e monitores com jogos e toca-DVDs estão lá para tornar a viagem mais agradável.

No novo Chrysler Pacifica, os ocupantes se sentem como se estivessem em casa. As poltronas (sete ou oito lugares) são reclináveis e as dos passageiros podem ser rebatidas. Há apoios de braço e os bancos dianteiros têm aquecimento, ventilação e até massagem – especialmente útil após longos percursos.

Testamos todo o conforto oferecido pela minivan em uma viagem de cinco dias pela Califórnia, nos Estados Unidos. Pode-se dizer que a Pacifica foi uma boa companheira à beira do Pacífico. A minivan da Chrysler foi lançado no mercado norte-americano no início de 2016 e deve chegar ao Brasil no segundo semestre deste ano, como substituta da Town & Country.

A primeira boa surpresa veio na acomodação de bagagens. Mesmo sem rebater nenhum banco, foi possível guardar com folga três malas grandes no bagageiro – o compartimento tem 915 litros. Também não é preciso se preocupar em abrir manualmente as duas portas laterais corrediças e a tampa traseira. Desde que se esteja com a chave, basta passar o pé sob as portas que elas se abrem automaticamente. O recurso é útil quando se está com as mãos ocupadas, com crianças ou compras.

Dentro desse Chrysler, o conforto dá o tom. A área é ampla e chegar à terceira fileira de bancos é fácil. O carro avaliado (versão Limited, de topo) tinha sete lugares “de verdade”. Ou seja, a terceira fila acomoda também adultos, e não apenas crianças. Como os bancos estão em posição elevada, motorista e passageiros têm visão privilegiada. O volante dispõe de aquecimento, recurso que foi útil em algumas ocasiões da viagem, feita durante o inverno. O couro reveste até o painel, tornando o ambiente mais sofisticado. Há também teto solar panorâmico.

Rodando – O motor 3.6 V6 a gasolina rende 291 cv e garante o fôlego necessário para viagens tranquilas. O desempenho da Pacifica é bem “pacífico”, mas não desaponta. O câmbio automático de nove marchas aboliu a alavanca. Há um seletor giratório, como no Ford Fusion e nos carros de Jaguar e Land Rover. Na média, a Pacifica fez 10 km/l, mas nos EUA a gasolina não contém etanol. No Brasil, o modelo deve gastar mais que isso.

Em termos de tecnologia, há sistemas de frenagem autônoma em caso de risco iminente de colisão, e a van é capaz de se manter na faixa delimitada no asfalto por cerca de dez segundos sem intervenção do motorista, desde que as curvas não sejam muito fechadas. Embora a partida seja por botão, a minivan não traz start&stop, sistema que desliga e religa o motor sozinho e paradas como as de semáforos, por exemplo.

PRÓS E CONTRAS
Espaço – Não há aperto nem na última fila de bancos, e há lugar para malas até com ocupação máxima.
Dimensões – Com mais de cinco metros, a minivan é grande demais para as vagas de estacionamento no Brasil.

FICHA TÉCNICA
Motor – 3.6, V6, 24V, gasolina
Potência (cv) – 291 a 6.400 rpm
Torque (mkgf) – 36,2 a 4.000 rpm
Câmbio – Automático, 9 marchas
Tanque – 72 litros
Porta-malas – 916 litros
Comprimento 5,18 metros

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