Um padre que apresentava sinais de embriaguez bateu com o seu carro em uma motocicleta da Polícia Militar de Minas Gerais, na madrugada deste sábado (25), no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha.
Segundo o relato da polícia, a moto estava parada para a formação de esquema de uma blitz que iria ocorrer na via onde aconteceu o acidente. O militar teve que pular da moto para não ser atingido. O policial não se feriu.
Aos policiais, o religioso Erli Lopes Cardoso, 41, teria assumido que fez uso de bebida alcoólica — ingeriu duas cervejas e uma cachaça. Ele fez o teste do bafômetro, que apresentou 0,44mg/l de álcool no sangue. Acima de 0,32mg/l é considerado crime de trânsito.
No relato dado aos policiais, o religioso teria afirmado que se distraiu ao conversar com uma pessoa que estava no banco do passageiro e só percebeu quando estava muito próximo da motocicleta. Ele disse ter acionado os freios, mas não houve tempo hábil para evitar a colisão.
Na sua versão, o policial que conduzia a moto contou ter notado “olhos avermelhados, fala desconexa e hálito etílico” no condutor do carro. A polícia informou que o padre se prontificou a assumir toda a responsabilidade pelo caso. Ele foi conduzido a uma delegacia de plantão da Polícia Civil e teve a carteira de motorista apreendida.
Conforme o delegado Anderson Alcântara, responsável pelo flagrante, o religioso responderá a dois processos criminal e administrativo. Ele pagou uma fiança de mil reais e foi liberado. O policial disse ter ouvido do padre que ele toma remédios controlados.
“Ele vai responder a um processo criminal e a um processo administrativo, no qual ele poderá ter a CNH [carteira nacional de habilitação] suspensa por um ano. No criminal, ele poderá ter uma pena de detenção de seis meses a três anos”, afirmou.
Atualmente, o religioso trabalha na Paróquia Nossa Senhora da Divina Providência, na região da Pampulha, na capital mineira. Por telefone, um representante da congregação religiosa confirmou que o padre se envolveu no acidente.
Em nota assinada pelo padre Tarcísio Vieira, identificado como diretor provincial da Pequena Obra da Divina Providência, a congregação relatou estar “pesarosa e consternada” e “tomando as providências necessárias para que tudo seja resolvido dentro da legalidade’.