Bafafá em Gravatá
Padre-prefeito nega nepotismo e mantém esposa na Secretaria de Obras
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emO prefeito de Gravatá, Padre Joselito (Avante) decidiu não acatar a recomendação do Ministério Público de Pernambuco e manteve sua esposa no cargo de Secretária de Obras. Em nota enviada a Notibras por sua Assessoria de Comunicação, ele afirma que a nomeação de Viviane Facundes “não configura nepotismo”, segundo entendimentos do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal de Contas do Estado, “que amparam a legalidade do ato.”
A nota destaca que a primeira-dama “possui qualificação técnica compatível para a função, preenchendo os requisitos necessários para o cargo” e que sua “atuação de excelência” anterior na Secretaria de Assistência Social “tem sido igualmente reproduzida na Secretaria de Obras, assegurando uma gestão eficiente e qualificada, conforme corroboram os resultados alcançados.”
“Portanto – conclui a nota -, a nomeação e permanência da Sra. Viviane Facundes à frente da Secretaria de Obras e Serviços Públicos refletem o compromisso da gestão municipal com uma liderança eficaz e com resultados concretos para a população de Gravatá.”
Essa nomeação da primeira-dama para a chefia da Secretaria de Obras foi denunciada pelo blogueiro Marivan Melo como prática de nepotismo, o que lhe rendeu uma surra com barra de ferro aplicada pela sogra de Padre Joselito, Mauricéia Facundes, a título de vingança por essa e outras denúncias sobre supostos casos de corrupção praticadas na administração do seu genro.
Em outra nota enviada a Notibras, a defesa da sogra do prefeito nega relação entre a surra que ela aplicou em Marivan Melo com as denúncias feitas em seu blog. Segundo o advogado David Albuquerque, a verdade é que o blogueiro “publicou mais uma série de vídeos em suas redes sociais, repletos de agressões baixas e gratuitas contra a família de Mauricelia Facundes Marinho da Silva”.
Albuquerque acrescenta que Melo teria desrespeitado uma medida cautelar de afastamento, “aproximando-se da casa da vítima para fazer chacota e expor suas filhas ao escárnio público”.
“A realidade é clara: o episódio foi uma reação legítima de uma mãe que, ao ver suas filhas — mulheres e mães de família — constantemente atacadas por violência psicológica e moral e arrastadas ao ridículo em vídeos recorrentes nas redes sociais, perdeu controle emocional e agiu em defesa contra um cidadão com histórico de mais de uma dezena de processos, sempre como réu em crimes contra a honra”, conclui o advogado.