Uma página criada no Facebook em 9 de abril se transformou em uma rede para a criação da “Lei Bernardo”. Segundo o jornal Zero Hora, os participantes da comunidade virtual discutem uma lei para que “quando houver algum indício de abandono, maus tratos ou agressão por parte de um dos pais, os magistrados tenham mais recursos para interferir e precaver este tipo de acontecimento”.
Até a publicação desta notícia, mais de 1.020 pessoas tinham curtido o post da “Corrente do BEm” – o “BE” maiúsculos se referem ao apelido de Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, que desapareceu e foi morto no início de abril em Três Passos (RS). A polícia encontrou o corpo do menino dez dias depois e prendeu o pai dele, Leandro Boldrini, e a madrasta Graciele Ugulini, além da amiga do casal Edelvânia Wirganovicz, que confessou ter ajudado no crime.
A página “Desaparecido – Bernardo Boldrini” conta com mais de 60 mil curtidas na rede social e foi criada pelo estudante Magnos Leandro de Souza, 33 anos, de Três Passos. Ele não conhecia Bernardo e nem a família, mas organizou a página para ajudar nas buscas da criança depois de seu desaparecimento.
Postagens na comunidade lamentam a morte do menino, reclamam dos órgãos responsáveis pela proteção de crianças e pedem atenção para a possibilidade de haver mais “Bernardos” em perigo. Também há sugestões de se criar uma página na qual as próprias crianças possam fazer denúncias de maus-tratos.