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Joinha, joinha

Pai Jair perde bonde da história da 123 e remarca para o xadrez

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Autor/Imagem:
Wenceslau Araújo - Foto Reprodução das redes sociais

A esbórnia produzida por Jair Messias, família e entorno com o dinheiro público acabou. Na mesma proporção em que a festinha particular rendeu dividendos bem acima do permitido pela lei, o piquenique exagerado do capitão vem gerando para o “capetão” dores de cabeça que ele só havia sentido quando o hacker contratado pela Madame Mim Carla Zambelli afirmou que realmente as urnas eletrônicas eram invioláveis.

Furado o balão contra o sistema eletrônico de votação, o passo seguinte foi o golpe engendrado com apoio de pessoas graduadas que deveriam tê-lo evitado a qualquer custo. Não tentaram, perderam a guerra juntos e agora todos estão bem próximos do paredão da Polícia Federal.

Em breve, deverão experimentar o peso da caneta tinteiro do xerife Xandão, cujo pincel está ardendo de vontade de jogar no balde sem fundo as brochas daqueles que tentaram pintar o céu e o chão da República de cinza. Ficaram roxos de raiva, mas certamente acabarão negros ou xadrez, em decorrência do sol que terão de ver diariamente quadrado durante a provável longa estadia na masmorra erótica dos imbrocháveis.

Desnecessário lembrar que o parquinho começou a desmoronar no meio do mandato, mais precisamente no momento em que o ex-presidente da Família Trapo partiu para brincadeiras menos republicanas, entre elas a que culminou na morte desembestada de quase 700 mil brasileiros.

Fora o descaso com a pandemia, tivemos as carreatas e motociatas com uma multidão imbecilizada e sem nenhuma preocupação com o futuro do Brasil. Foram os mesmos que, em vão, acamparam meses a fio em frente aos quartéis do Exército Brasileiro, se esgoelando com palavras de ordem contra as urnas, contra Luiz Inácio e contra a Pátria que tanto dizem amar.

O tempo passou rápido. O despenhadeiro se transformou em calvário e hoje, sem exageros, é algo muito parecido com a porta do inferno. Para desespero da “famiglia”, de aliados, de ex-aliados já presos, de seguidores emburrecidos, mas firmes na marmota do golpismo, e, principalmente, do presidente do Partido das Lágrimas (PL), Valdemar Costa Neto, o tormento está apenas começando e tem palcos para todos os gostos.

CPMI mista do Congresso, CPMI da Câmara Distrital do DF, Polícia Federal e Polícia Civil do DF se juntaram ao Ministério Público na gloriosa tarefa de levar a turba do ódio ao calabouço. Enfim, a situação de Jair Bolsonaro na Justiça é preocupante. O problema é que politicamente também. Entramos definitivamente na fase da lua minguante, que encolhe a olhos nus.

O desgaste é pesado e, paulatinamente, vem afastando os radicais bolsonaristas, hoje reduzidos a pouco mais da metade do agrupamento de 2022. Sinal dos tempos e da mediocridade do governo que ele inventou. Como o “capetão” não criou relações institucionais, limitando suas preocupações a si mesmo e à família, o preço a ser pago não será tão reles como sua desastrosa administração.

O sossega leão está na fase final da experiência. Pior do que uma das mais cômicas tragédias gregas, Jair Messias Bolsonaro lembra um caminhão desgovernado ladeira abaixo. A bagaceira do 8 de janeiro jamais será esquecida. Da mesma forma, estão eternizadas as malas e bolsos recheados de mentiras e fake news pagas com recursos da viúva e, agora, de joias árabes milionárias que nunca foram suas.

Sem querer querendo, o Pai Jair do Abaitolá perdeu o bonde da história. Na verdade, se tinha mesmo um plano de fuga, se lascou ao comprar passagens baratas pela 123 Milhas. Sei que não é muito, mas sobrou como esperança a expectativa de golpe antecipado de Donald Trump.

A realidade, porém, está muito distante. Trump também está com o dele na seringa e, talvez, seja entubado um pouco antes do nosso, por hora, magnata G&G, isto é, joinha e joinho. Ambos surfaram na mesma onda tóxica do terror e do pornô. O Trump dos trópicos está inelegível. Embora o Trump original ainda tenha chances de concorrer, vencer Joe Biden é outra história.

Assim como o inoxidável Luiz Inácio, o vovô Biden de besta não tem nem a cara. Do outro lado da moeda está o povo, que, tanto aqui quanto lá, já mostrou que só se engana uma vez. Quanto ao sofrido e muambado Partido das Lágrimas e seu provedor, Valdemar da Encruza, que apague a luz aquele que deixar o picadeiro por último.

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