Hora da adaptação
Pais encomendam “primeira casa” de filhos que estão na faculdade
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emQuando os filhos gêmeos desta família de Umuarama (PR) cresceram, tiveram que deixar a casa dos pais e se mudarem para São Paulo para estudar. Preocupada com a adaptação à vida na cidade grande, a família decidiu comprar um apartamento de 89m² na Vila Mariana e entregou a reforma ao escritório ACF Arquitetura. A ideia era tornar os espaços mais práticos e dotar o apartamento de uma atmosfera descolada, onde ser funcional fosse mais importante que ser sofisticado.
Diante do desafio, as arquitetas apostaram em soluções que agradaram em cheio aos jovens. Materiais como a madeira e a fórmica, que são mais resistentes, foram selecionados para que quem passasse pelo apê apenas curtisse o espaço e não se preocupasse com as manchas e os riscos; a integração dos espaços ampliou a área social, dando a possibilidade dos moradores receberem os novos amigos e uma paleta de cores neutras e claras substituiu os antigos tons escuros, tornando o apê mais iluminado, com a cara dos gêmeos.
“Não queríamos criar um apartamento repleto de regras, onde tudo devesse ser tocado com cuidado para não quebrar, não manchar, não riscar. Como o espaço seria de jovens vivendo longe da família pela primeira vez, precisava ser fácil de ser mantido”, conta a arquiteta e sócia do ACF Arquitetura, Flávia Lauzana.
Tudo mais ficou por conta dos detalhes. Na sala de jantar, um banco de madeira substitui cadeiras e consegue acomodar mais visitas; na cozinha, a pia pode ser tampada e resultar em uma maior área de preparo de alimentos. Divertida, uma parede de lousa foi acrescentada para os jovens escreverem os lembretes e, na sala, a paleta de cores neutras agradou igualmente aos dois moradores, um menino e uma menina.
Por outro lado, se a neutralidade reinou soberana nos espaços sociais, as áreas íntimas esbanjam personalidade. Cada quarto foi decorado de forma a expressar a identidade dos irmãos. “Também apostamos em materiais como a madeira, que dão sensação de acolhimento e fazem com que os jovens se lembrem da atmosfera da casa da família”, finaliza Lauzana.