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É o amor...

Paixão tem sintomas que a própria razão desconhece

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Horoscopo Virtual - Edição de Carolina Paiva

Como você sabe que está apaixonada? A pergunta veio por e-mail. Achei interessante e até fiquei de fazer um vídeo sobre isso, mas ainda tenho minhas resistências. Não sei se vou saber realmente expressar o que é isso. Também não vou responder essa pergunta de maneira catedrática, mesmo porque não é igual para todo mundo. Não serei técnica, mas também não sou poeta. Só vou tentar expressar como alguém que está sentindo isso no momento. E que adora esse estado.

Alguns dizem que paixão é doença. Que todos os seus sentidos ficam tão alterados que não é normal. De fato, os primeiros sintomas são físicos.

As pupilas dilatam quando vemos a nossa paixão e isso serve para que não percamos nenhum detalhe. Os ouvidos ficam mais atentos quando é a voz do amado. Você decora as falas, sabe qual é a próxima palavra, consegue ler os pensamentos. Sente o que o outro sente, como se estivesse numa conexão maluca. O coração dispara, as borboletas no estômago fazem a festa. É uma ansiedade boa, como aquela que temos para uma festa ou uma viagem. Seus hormônios afloram e, por isso, a pele melhora. Seu humor melhora, aquilo que te irritava parece não ter tanta importância.

Depois, você escuta. Não só o que ele fala, mas, principalmente, o que não fala. Não gosta de tudo o que ouve, mas passa a respeitar. Torna-se compreensiva, calma. O que ele faz, pensa, fala, tem um peso, uma importância para você que não teria com outras pessoas.

Os pensamentos são invadidos. Tudo o que você vê é a cara dele. As comidas gostosas que você faz, queria que ele experimentasse.

Você quer mostrar o melhor do seu mundo, seja ele pobre ou rico, feio ou bonito. Quer trazê-lo para o seu universo. Quer que ele saiba que você sente isso e fica na dúvida se foi suficientemente clara, até quando manda um documento via cartório. Seus olhos são dele. Seu corpo pertence a ele. Ele não pediu, às vezes nem quer de fato, mas mesmo assim você se reserva. O resto existe, está lá, mas não tem graça.

E você sofre, invariavelmente. Mesmo nos casos em que o amor seja completamente correspondido. Você sofre porque pensar em perder aquilo, deixar de se sentir assim, por qualquer razão que seja, beira o insuportável. Ele vira a sua fraqueza, aquilo pelo qual você luta e faz loucuras. Um empréstimo no banco, começar a correr no parque, montar uma cafeteria. Todos os planos podem ser mudados se isso implica em estar com ele.

Você fica chata. Quer saber da vida, se está bem, se comeu e como pode ajudar. Você compra coisas que não precisava, muda a decoração da casa, coloca uma garrafa de água na geladeira. Seu mundo não é mais o mesmo. Seu mundo tem mais alguém agora e essa pessoa é parte de você. Parte dos seus sonhos, dos seus planos de vida. Você pensa, pela primeira vez, em ter uma família. Você sabe, sente, que nada será como antes.

É fácil deixar as outras coisas de lado. Ter insônia. Medo. Crises de ansiedade. Você só tem um assunto. Em todas as suas conversas, o nome dele é mencionado. Todo mundo sabe quem ele é, menos você.

Sim, a palavra é que você fica vulnerável. E as pessoas estão cada vez menos propensas a se entregar à paixão. De fato, todos estes estados são tolos. A chance de ser feita de boba é enorme. É preciso muita humildade para se entregar à paixão, para conectar com as suas fraquezas. Para se deixar levar. As pessoas falam “cuidado, não se jogue de cabeça”, mas é tarde. Se não pular do precipício, não tem voo. E deixar de voar por medo não me parece a melhor opção.

Você pode sentir tudo isso ou não. Você pode disfarçar. Você pode sentir medo e fugir para um local seguro para você, mas, na verdade, quando estamos apaixonados, simplesmente sabemos disso. Ficamos burros. Sofremos. Mas aprendemos para caramba!

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