Incompreensão despudorada
‘Palavras são como folhas no outono que caem em ouvidos surdos’
Publicado
emAutor/Imagem:
Rafaela Fernanda Lopes - Foto Produção Francisco Filipino
Em um mundo onde todos falam,
Eu sinto como se estivesse a gaguejar.
Minhas palavras, embora claras e altas,
Parecem o vento, a assobiar;
Falo um idioma desconhecido,
Um dialeto de dor e desespero,
Mas ninguém parece ouvir,
Ninguém parece realmente sentir;
Minhas palavras, elas dançam e giram,
Como folhas no outono a cair,
Mas elas caem em ouvidos surdos,
Ninguém se esforça para ouvir;
A tristeza é minha única companhia,
Em um mundo que não consegue me ver,
A solidão é o preço que pago sofrendo,
Por falar um idioma que só eu entendo.
Mas ainda assim, continuo a falar,
Na esperança de que alguém vá escutar,
Porque talvez, apenas talvez,
Haja alguém que não queira me julgar.
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