As apresentações da 12ª edição do Sesc Festclown, evento com 51 espetáculos de palhaçaria e arte circense, conquistaram tanto adultos quanto crianças hoje (10) no Complexo da Funarte, em Brasília. O festival foi opção para pais e filhos passarem o sábado juntos. Quem desejar assistir aos espetáculos tem até amanhã (11). Os horários estão disponíveis no site da Funarte. A entrada é gratuita em todas as atrações e a maioria tem classificação indicativa livre.
Ir ao Festclown não estava nos planos do publicitário Sandro Santana, 40 anos. Ele conta que ficou sabendo dos espetáculos quando passava de carro pelo Eixo Monumental, avenida da capital federal. “Eu vi o cartaz ontem [sexta-feira] e resolvi vir”, diz ele, que levou o filho Miguel, 2 anos, para assistir à apresentação Concerto em Ri Maior, do grupo paranaense Cia dos Palhaços.
A montagem, que tem música e interação com a plateia, conta a estória do palhaço russo Wilson Schevchenco, que precisa da ajuda de seu tradutor, o palhaço Sarrafo, para se comunicar. “Achei muito bacana, tem uma interatividade legal. O importante para mim é que o Miguel curta”, comentou o publicitário, que elogiou o festival. “É legal proporcionar esse tipo de atração”, disse.
A pesquisadora ambiental Priscila Bernardes, 33 anos, esteve em edições anteriores do Festclown. Ela conta que, por estar viajando a trabalho, não atentou para a data deste ano. Quando descobriu que o evento estava ocorrendo neste fim-de-semana, decidiu levar o sobrinho Pedro Henrique, 4 anos. “Acabei de passar aqui perto, de bobeira, e descobri que estava acontecendo. Amo o festival. Ele [Pedro Henrique] está gostando bastante [da apresentação]”, disse.
Apesar de ter agradado às crianças, o Concerto em Ri Maior, idealizado pelos amigos Eliezer Vander Brock (palhaço Wilson) e Felipe Ternes (palhaço Sarrafo), na maior parte das vezes é encenado para plateias de adultos. “A gente costuma se apresentar à noite. O adulto resgata a criança e começa a brincar. Mas não tem problema criança ver, foi concebido para toda a família. Como tem improviso, dependendo da plateia a gente se adapta”, explica Felipe Ternes.
“A gente acredita que nunca está pronto, [o espetáculo] é flexível dependendo do lugar onde a gente vai”, completa Eliezer, que canta e toca violão durante a apresentação. A ideia de brincar com uma tradução fictícia da língua russa surgiu em exercícios de improviso da Cia dos Palhaços. Depois, como Eliezer tinha habilidade para a música, os amigos decidiram incorporá-la também.
Mariana Branco, ABr