O Palmeiras ficou devendo futebol, foi goleado pela Chapecoense fora de casa por 5 a 1 e acabou saindo do G4 do Campeonato Brasileiro. Com uma atuação bem abaixo da média neste domingo, na Arena Condá, em Chapecó, pela 29.ª rodada, o time estacionou nos 45 pontos na tabela de classificação em sua pior derrota no ano – caiu para sexto, atrás de Santos (4.º) e São Paulo (5.º) com 46 cada. O duelo ainda ficou marcado por uma polêmica com a arbitragem.
A Chapecoense – que luta contra o rebaixamento e subiu para a 14.ª colocação, com 34 pontos – abriu o placar rapidamente em uma jogada de bola parada. Na cobrança de escanteio de Camilo, o zagueiro Neto subiu alto e mandou para o gol, de cabeça, colocando os donos da casa em vantagem e deixando o Palmeiras atordoado na partida.
Pouco depois, aos 15 minutos, veio a grande polêmica do jogo, quando o árbitro baiano Jailson Macedo Freitas expulsou Egídio – injustamente, diga-se de passagem – após uma falta em William Barbio, mas depois de quase cinco minutos voltou atrás ao ser avisado pelo auxiliar e pelo quarto árbitro Daniel Nobre Bins.
O mais inusitado é que Egídio já estava no vestiário quando o árbitro voltou atrás em sua decisão de expulsá-lo e teve de voltar às pressas para o campo. Os jogadores da Chapecoense ficaram indignados com a situação e reclamaram dizendo que a arbitragem utilizou a tecnologia para decidir, algo que a Fifa proíbe.
Só que a anulação do cartão vermelho não encheu o Palmeiras de moral, pela contrário. O time continuou mal na partida e não demorou a tomar o segundo gol, quando William Barbio disparou pela direita, superou dois marcadores e tocou para o meio da área. Tulio de Melo apenas ajeitou e Camilo mandou para o gol. A Chapecoense poderia ter feito outro com Barbio, mas Fernando Prass fez ótima defesa.
No posicionamento em campo, os dois times estavam parecidos, com cinco jogadores no meio, sendo dois volantes e três meias. Só que enquanto Dudu, Rafael Marques e Gabriel Jesus não mostravam inspiração, do outro lado Camilo, William Barbio e Maranhão infernizavam a defesa adversária. Para piorar, Arouca ainda saiu machucado.
Na etapa final, o técnico Marcelo Oliveira colocou João Pedro, que foi para a lateral direita e Lucas passou a atuar no meio. Só que em novo escanteio, Tulio de Melo anotou o terceiro do time da casa, de cabeça, e a arbitragem mais uma vez se confundiu e demorou a confirmar o gol.
O vento de esperança soprou quatro minutos depois quando Dudu diminuiu após cabeçada de Rafael Marques. Só que a Chapecoense manteve o ritmo forte e logo fez o quarto gol com Apodi, aproveitando o rebote de Fernando Prass no chute de William Barbio.
Nos últimos minutos, o duelo ficou aberto, com o Palmeiras tendo boas chances, sendo duas desperdiçadas por excesso de individualismo de Gabriel Jesus. Do outro lado, a Chapecoense exigia defesas de Fernando Prass, como em um belo chute de Apodi. E no final Ananias fez o quinto, fechando a goleada.