O Palmeiras é um time em franco declínio, como ficou claro na derrota desta quarta-feira para o Cruzeiro por 1 a 0, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. O terceiro resultado negativo nas quatro últimas partidas veio em nova partida com a combinação de falhas defensivas, ineficiência no ataque e comportamento apático. A situação deixa a equipe em momento turbulento para o clássico contra o São Paulo, em casa, neste sábado.
O time de melhor campanha na fase de grupos da Copa Libertadores e de início positivo de ano não parece mais o mesmo. O futebol ofensivo, organizado e veloz dá lugar agora à falta de criatividade, erros defensivos e passividade. Em campo, o Palmeiras pareceu incapaz de consertar os próprios erros e teve uma postura fadada à derrota, por não atacar nem reagir.
Dois dos elencos mais valorizados do Brasil não conseguiram apresentar um bom futebol no primeiro tempo. O Cruzeiro teve mais atitude ao manter a posse de bola, trocar passes, fazer inversões e conseguir cruzamentos perigosos, sempre em busca de Sassá. Um dos mais acionados foi o lateral-esquerdo Egídio, ex-jogador do Palmeiras. O goleiro Jailson, no entanto, pouco trabalho.
O Palmeiras teve desempenho ainda abaixo disso. Com transição lenta para o ataque e poucas jogadas pelas pontas, o time quase não passava do meio de campo. O primeiro chute a gol só veio aos 29 minutos, graças à enorme quantidade de passes errados. Como a falta de armação de jogadas era uma das causas do fracasso, no intervalo sobrou para o meia Lucas Lima ser substituído por Hyoran.
A etapa final foi mais movimentada, pois os times se mostraram mais empenhados. O Palmeiras finalmente criou algumas jogadas. O Cruzeiro passou a acelerar mais o ritmo e ao ver o adversário mais ofensivo, conseguiu se aproveitar. Aos 23 minutos, a defesa alviverde marcou mal e deixou Rafael Sóbis virar dentro da área após cruzamento.
Insatisfeito com o time, o técnico Roger Machado gastou as duas mudanças restantes justamente para tentar arrumar o ataque. Pouco adiantou. O Palmeiras não conseguiu criar jogadas e só chegou com perigo em arremessos laterais e cruzamentos, em uma repetição de exemplos do quanto a equipe tem ficado cada vez mais abaixo do futebol que já conseguiu mostrar.