Daniel Batista
O Palmeiras está fora da Libertadores. Não pelo que fez na noite desta quinta-feira, mas por ter deixado de fazer ao longo da competição. Mesmo com a goleada por 4 a 0 sobre o River Plate-URU, no Allianz Parque, a derrota do Nacional por 2 a 0 para o Rosario Central eliminou o time alviverde da competição.
Hoje o Palmeiras está fora da Libertadores por ter demorado demais para acordar na competição. O empate com o River Plate fora de casa e, principalmente, a derrota em casa para o Nacional, ambos sob o comando de Marcelo Oliveira, custaram muito caro.
A noite desta quinta foi diferente para o palmeirense. O Allianz Parque e o Parque Central, local da partida entre Nacional e Rosario estão 1.900 quilômetros de distância, mas pareciam bem próximos. A alegria do palmeirense passava obrigatoriamente por Montevidéu. Era noite para torcer por Barrios, Egídio e Allione, mas também por Léo Gamalho, Eguren r Ignazio González, entre outros.
O locutor da arena disse diversas vezes antes da bola rolar. “Vamos todos torcer pelo Palmeiras e o que for para acontecer, está nas mãos de Deus”. Não era bem assim. A torcida cumpriu com sua obrigação e apoiou fervorosamente. Até sinalizadores eles acenderam, mas não dava para esquecer o Rosario Central.
Começou a partida e os palmeirenses sabiam que de nada adiantaria torcer contra os argentinos se não fizessem sua parte e assim trataram de ir atrás do resultado. Cuca abriu mão de sua ideia inicial, que era guardar Barrios para o segundo tempo, e o escalou ao lado de Alecsandro para resolver logo.
Com três minutos a mais de jogo em relação ao confronto no Uruguai, o Palmeiras abriu o placar aos 18. Após boa jogada pelo meio da área, Egídio bateu rasteiro na esquerda e colocou o time alviverde na frente. Ainda falta muita coisa.
O gol fez o Palmeiras se afobar e começar a errar muitos passes. O River bem que tentou se aproveitar, mas faltava qualidade e o pensamento do palmeirense foi: “Como perdemos pontos para eles no Uruguai (empate por 2 a 2?).”
E lá foi o Palmeiras atrás de pelo menos mais dois gols, que somados a uma simples vitória do Nacional, colocavam a equipe nas oitavas. Enquanto isso, Nacional e Rosario faziam um jogo fraco. Na arena, aos 45, Thiago Martins cabeceou e Pérez fez a defesa. No exato momento em que o Rosario fez 1 a 0. Um grande balde de água fria nos palmeirenses.
Os gritos de apoio deram lugar ao silêncio. Podiam sair mais 20 gols que de nada adiantaria. Mas o Palmeiras tinha que fazer sua parte, acreditando em uma virada em Montevidéu ou pelo menos ter uma despedida com boa vitória.
Aos 48, Allione bateu na saída do goleiro. 2 a 0 e fim do primeiro tempo. No intervalo, os jogadores foram informados do placar no Uruguai e voltaram muito nervosos. Em quatro minutos, fizeram cinco faltas. Mesmo assim, o Palmeiras teve o domínio da segunda etapa, principalmente após a entrada de Cleiton Xavier e Erik. Aos 25, o golpe de misericórdia. Herrera fez 2 a 0 para o Rosario e acabou com os sonhos do palmeirense.
Aos 28, Allione fez o terceiro gol e Alecsandro ampliou aos 35. Virou uma goleada vazia. A torcida nem se deu ao trabalho de comemorar os gols, mas reconheceu a vontade na noite desta quinta e ao final de jogo aplaudiu o time que merece críticas pelo passado, não por esta noite.