Daniel Batista
O domingo foi um dia para o torcedor do Palmeiras esquecer. O time fez um dos piores jogos da temporada, perdeu em casa para o Coritiba por 2 a 0, um time que luta contra o rebaixamento, e teve o pior público do Allianz Parque registrado em um jogo oficial – 15.037 pagantes. E na última partida antes da decisão da Copa do Brasil, o alviverde chegou ao sexto jogo sem vitórias no Brasileiro.
O bom resultado levou o Coritiba aos 43 pontos, na 15ª colocação, e com isso a equipe paranaense depende apenas de si para evitar o rebaixamento, no próximo domingo, contra o Vasco, em casa, na rodada final do Brasileirão. Já o time palmeirense estacionou nos 50 pontos e tentará ao menos fechar a sua campanha de forma digna, também no próximo domingo, contra o Flamengo, no Maracanã.
Vale a ressalva que o Palmeiras entrou em campo com um time reserva – Lucas foi o único titular, mas todos esperavam por ver um time um pouco melhor em campo. A limitação tática e técnica da equipe alviverde foi gritante. Como acontece com o time principal, a única jogada era os cruzamentos para a área e, na defesa, uma bagunça tática na qual o adversário consegue entrar pelo meio da área sem grandes dificuldades.
Pode-se culpar a falta de entrosamento pela má atuação, mas como explicar os excessos de passes errados, a falta de movimentação e o fato de passar os 45 minutos iniciais sem dar um chute ou criar reais chances de gol?
O técnico Marcelo Oliveira trocou Kelvin e Mouche de lado para tentar confundir a marcação e ter alguém para jogar com Alecsandro. Entretanto, a alteração teve pouco efeito.
O Coritiba também não fez muito por merecer, mas soube aproveitar a fragilidade da defesa palmeirense para abrir o placar. Aos 23 minutos, Negueba ganhou a bola de Egídio e lançou para Juan, que passou no meio de Leandro Almeida e Nathan, que tentaram deixar o meia em impedimento, mas não contavam que Andrei Girotto demorasse para sair.
Livre, Juan ameaçou chutar, deixou Fábio no chão e bateu rasteiro com tranquilidade para colocar os visitantes na frente, no único momento de emoção em todo o primeiro tempo.
Na etapa final, o Palmeiras voltou com a mais vontade e a mesma desorganização tática. O jeito, então, foi apostar nos repetidos cruzamentos para a área. O Coritiba recuou e passou a trabalhar em cima dos erros individuais do adversário e nos contra-ataques
Marcelo Oliveira fugiu ao seu padrão e colocou Cristaldo no lugar de Andrei. Faltava alguém para fazer a bola chegar neles. Por isso, entrou o garoto Jobson na vaga de Allione para ajudar Juninho na criação. Os garotos, como esperado, pouco acrescentaram. No único lance de qualidade do Palmeiras em toda a partida, Lucas deu um chapéu no marcador, chutou e o goleiro pegou. Aos 48, Henrique Almeida fez o segundo do Coritiba, para sacramentar mais uma decepção palmeirense em casa.