O Panamá decidiu retirar o seu embaixador, Miguel Mejía, da Venezuela e pediu ao governo venezuelano que faça o mesmo com o representante diplomático venezuelano na Cidade do Panamá.
A medida foi uma resposta do Panamá à decisão da Venezuela de suspender relações econômicas com funcionários do alto escalão do governo panamenho, entre eles, o presidente Juan Carlos Varela, e 46 empresas do país.
“As autoridades panamenhas avaliam o impacto de tais medidas no âmbito econômico e comercial para identificar outras possíveis futuras ações”, afirmou o Ministério de Relações Exteriores do Panamá, em comunicado.
“Após analisar as medidas da Venezuela, o governo panamenho considera que se trata de uma reação política que carece de embasamento, adotada fora do marco jurídico internacional, uma represália às ações anunciadas pelo Panamá”, disse a nota.
O Panamá publicou na semana passada uma lista com 55 cidadãos politicamente expostos, entre eles, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O governo de Varela considera que eles representam um “alto risco em matéria de lavagem de capitais, financiamento do terrorismo e da proliferação de armas em destruição em massa”.
Como resposta, a Venezuela suspendeu por 90 dias, prorrogáveis por períodos iguais, as relações comerciais com funcionários do alto escalão do governo do Panamá e empresas do país.
Segundo a Venezuela, criminosos venezuelanos utilizam o sistema financeiro panamenho para movimentar dinheiro sujo. O governo de Maduro acusa o Panamá de ser conivente com esse tipo de ação.